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Adrileide & Jéssica
Estudantes de Tecnologia em Radiologia.
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21 de agosto de 2011

Apostila - Medicina Nuclear

Apostila em pdf.

Entendendo as Gerações do Tomógrafo


1º GERAÇÃO

Na história da tomografia computadorizada, diferente tipos de tomógrafos têm sido criados. Os tomógrafos de primeira geração (EMI Mark I) foram aqueles criados por Sir. Godfrey Newbold Hounsfield em 1972. O padrão de varredura destes tomógrafos de primeira geração consistia de uma translação de tubo de raio X e do detector (um ou no máximo dois) em conjunto, seguida de uma pequena rotação. O procedimento era repetido até completar 180º.

2º GERAÇÃO

Na segunda geração de tomógrafos, ao invés de um detector um conjunto de detectores colocava-se do outro lado do tubo de raio X, de forma que o feixe de raio X formava um leque e não apenas uma linha única de aquisição de dados.

O primeiro tomógrafo de segunda geração foi lançado em 1974 pela firma americana OHIO NUCLEAR e, depois deste, outros tomógrafos de segunda geração mais aperfeiçoados e com maior número de detectores foram lançados no mercado dando um impulso muito grande à TC de corpo inteiro, pois eram mais rápidos e diminuíam acentuadamente os artefatos de movimento.

O CETAC - Centro de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética foi o segundo serviço de tomografia computadorizada do Brasil a ter aparelhos de segunda geração.

3º GERAÇÃO

Na terceira geração de tomógrafos, o movimento de translação foi eliminado, mantendo-se apenas o movimento de rotação e o feixe de raio X foi ampliado graças às novas tecnologias do tubo de raio X e o grande aumento no número de detectores, mudando-se completamente a geometria de varredura. O tempo de aquisição tornou-se bem mais rápido e a qualidade da imagem sofreu uma melhora bastante significativa.

A terceira geração de tomógrafos foi desenvolvida em 1974 pela firma Artronix, mas só colocada em prática em 1975 pela GE. Posteriormente, em 1977, a Philips melhorou a terceira geração de tomógrafos introduzindo o princípio do "geometric enlargement" que contribuiu para o desenvolvimento das técnicas de alta resolução nos tomógrafos subseqüentes.

4º GERAÇÃO

Em abril de 1976 a firma AS&E introduziu o conceito de tomógrafo de quarta geração que consistia num tubo de raio X, com movimento de rotação dentro de um conjunto fixo de detectores. Esses tomógrafos, contudo, devido a problemas de tecnologia dos computadores e dos detectores, matemática de reconstrução, processamento dos sinais e tubos de raio X só puderam entrar efetivamente em uso por volta de 1981.

Com toda esta evolução, contudo, grandes volumes corporais (tórax e abdômen) só podiam ser examinados através de cortes individuais (tomogramas) e, dependendo do número de cortes, os pacientes permaneceram durante muito tempo na mesa de exame, ou seja, cerca de 30 a 45 minutos para um exame completo do tórax ou abdômen (antes e depois do contraste).
Felizmente, novas gerações de tomógrafos surgiram e desta vez, com surpreendente tecnologia que conjuga novos computadores, novos softwares, novos tubos de raio X e novos sistemas de aquisição de dados.

Foram a quinta e a sexta gerações que culminaram com o sistema helicoidal. Com ele é possível a aquisição de dados de grandes volumes (até um metro de extensão corporal) em apenas 32 segundos para obtenção de milhares de cortes tomográficos.

Fonte: http://www.cetac.com.br/tc_geracao_tomografos.htm

5 de agosto de 2011

Abreviaturas

  1. ABD: abdome
  2. ACV: aparelho cardiovascular
  3. AD: átrio direito
  4. AE: átrio esquerdo
  5. AIDS: síndrome da imunodeficiência adquirida
  6. AR: aparelho respiratório
  7. ATC: angioplastia
  8. AVCH: acidente vascular cerebral hemorrágico
  9. AVCI: acidente vascular cerebral isquêmico
  10. BAVT: bloqueio atrioventricular total
  11. BCP: broncopneumonia
  12. BEG: bom estado geral
  13. BH: balanço hídrico
  14. BRNF: bulhas rítmicas normofonéticas
  15. CAT: cateterismo cardíaco
  16. cc: centímetro cúbico
  17. UCC: unidade centro cirúrgico
  18. CCC: colecistite calculosa crônica
  19. CCIH: comissão de controle de infecção hospitalar
  20. CIA: comunicação intra-atrial
  21. CIPA: comissão interna de prevenção a acidentes
  22. CIV: comunicação interventricular
  23. CME: centro de material esterilizado
  24. CO: gás carbônico
  25. DI: dia de internação
  26. DIU: dispositivo intra-uterino
  27. DM: diabetes melitus
  28. DPOC: doença pulmonar
  29. EAP: edema agudo de pulmão
  30. ECG: eletrocardiograma
  31. ECO: ecocardiograma
  32. EEG: eletroencefalograma
  33. EOT: entubação orotraqueal
  34. EP: embolia pulmonar
  35. EV: endovenoso
  36. FA: fibrilação atrial
  37. FC: fibrilação cardíaca
  38. FR: frequência respiratória
  39. FSH: hormônio folículo-estimulante
  40. FV: fibrilação cardíaca
  41. GECA: gastroenterocolite aguda
  42. GIG: grande para a idade gestacional
  43. HAS: hipertensão arterial sistêmica
  44. HB: hemoglobina
  45. HDA: hemorragia digestiva alta
  46. HDB: hemorragia digestiva baixa
  47. HIV: vírus da imunodeficiência humana
  48. HT: hematócrito
  49. IAM: infarto agudo do miocárdio
  50. IC: intracanal
  51. ICC: insuficiência cardíaca congestiva
  52. Ico: insuficiencia coronaria
  53. ID: intradérmico
  54. IM: intramuscular
  55. IR: insuficiência renal
  56. IRA: insuficiência respiratória aguda
  57. IRC: insuficiência renal cronica
  58. ITU: infecção do trato urinário
  59. IVAS: infecção das vias aéreas
  60. LER: lesão por esforços repetitivos
  61. LH: hormônio luteinizante
  62. MI: membro inferior
  63. MMII: membros inferiores
  64. MMSS: membros superiores
  65. MP: marcapasso
  66. MS: membro superior
  67. NEO: neoplasia
  68. NPP: nutrição parenteral prolongada
  69. O2 : oxigênio
  70. P: pulso
  71. PA: pressão
  72. PCR: parada cardiorrespiratória
  73. PIG: pequeno para idade gestacional
  74. RCD: rebordo costal direito
  75. RCE: rebordo costal esquerdo
  76. RCI: ritmo cardíaco irregular
  77. RCR: ritmo cardíaco regular
  78. REG: regular estado geral
  79. RHA: ruídos hidroaéreos
  80. RM: revascularização do miocárdio
  81. RN: recém-nascido
  82. RS: ritmo sinusal
  83. SARA: síndrome da angustia respiratória no adulto
  84. SC: subcutâneo
  85. SF: soro fisiológico
  86. SG: soro glicosado
  87. SGF: soro glicofisiologico
  88. SNA: sistema nervoso autônomo
  89. SNC: sistema nervoso central
  90. SNE: sonda nasoentérica
  91. SNG: sonda nasogastrica
  92. SNP: sistema nervoso periférico
  93. T: temperatura
  94. Tb: tuberculose
  95. TCE: traumatismo cranioencefálico
  96. TU: tumor
  97. UTI: unidade de terapia intensiva
  98. VD: ventrículo direito
  99. VE: ventrículo esquerdo
  100. VJD: veia jugular direito
  101. VJE: veia jugular esquerdo
  102. VO: via oral
  103. VSCD: veia subclávia direita
  104. VSCE: veia subclávia esquerda.

Fonte:  COSTA (ORG), Denis Honorato; VITÓRIO, Ronaldo Luiz.  Radiologia Médica - Códigos de Éticas, Enfermagem e Terminologias. São Paulo: Martinari, 2007. 263p. 

17 de julho de 2011

Filmes Radiográficos

Filmes são usados como meio de registro, pois a sua emulsão depois de ser sensibilizada pela radiação e posteriormente processada, irá mostrar as diferenças de quantidade e intensidade da radiação que ultrapassou a peça, revelando as diferenças de densidade (grau de enegrecimento), as variações de espessura e grau de absorção da radiação.

Após a exposição do filme e o processamento dele, obteremos a radiografia.

Radiografia: obtida com raios-X
Gamagrafia: obtida com raios gama
Geralmente chamadas de radiografia, podem incluir as obtidas por raios gama

Como é o filme

Consiste de uma base com uma camada de emulsão contendo cristais de prata, usualmente o brometo de prata.
A base usualmente é de poliéster transparente, com uma suave coloração azulada. 
Emulsão
Consiste de um material gelatinoso contendo grãos ou cristais de brometo de prata, sensíveis a radiação e distribuídos uniformemente.

Imagem Latente

A imagem latente é formada por interações da radiação eletromagnética com os cristais de brometo de prata.. Esta imagem é formada após a exposição e somente será vista após o processamento do filme.

Revelação

O produtos utilizados na revelação, reduzem os cristais contendo a imagem latente em prata metálica enegrecida mas terá um menor efeito naqueles cristais que não foram expostos radiação. A prata metálica é opaca e forma a imagem radiográfica.

Qualidade da imagem

Uma imagem de qualidade consiste em apresentar: definição, contraste, resolução e nitidez.

Granulação

É a impressão visual de não uniformidade de densidade em uma imagem radiográfica
Geralmente a granulação aumenta com o aumento da energia da radiação

Relação sinal-ruído

A variação acidental na densidade da imagem torna mais difícil identificar a variação deliberada na densidade da imagem que resulta do uso do filme. A relação entre estas duas variações de densidade é conhecida como relação sinal-ruído

Tipos de filme

Existem vários tipos de filmes para raios-X industrial. Eles variam de acordo com a relação sinal-ruído, velocidade de resposta à radiação e granulação. De acordo com algumas publicações, é mais apropriada a classificação pela relação sinal-ruído. Filmes de granulação muito fina apresentam uma alta relação sinal ruído, requerem comparativamente maiores quantidades de radiação na exposição para produzirem imagens com excelentes resolução de detalhes.

Existem quatro classes de filmes, de acordo com algumas normas são elas:

Classe 1, Classe 2, Classe3 e Classe 4.

Outras normas estabelecem:

Classe especial, Classe I, Classe II, Classe III

De acordo com a ASTM

Classe especial: essa classe apresenta altíssima relação sinal-ruído. São filmes considerados de alta resolução de detalhes. Devem ser utilizados quando a máxima sensibilidade é requerida. São filmes muito lentos.

Classe I: essa classe é considerada com de alta relação sinal-ruído

Classe II: considerada de moderada relação sinal-ruído.

Classe III: aqui estão classificados os filmes de baixa relação sinal-ruído. São filmes de alta velocidade.

Contraste do filme

É a medida da diferença na densidade do filme em regiões expostas com diferentes quantidades de radiação.

Relação sinal-ruído

A variação acidental na densidade da imagem torna mais difícil identificar a variação deliberada na densidade da imagem que resulta do uso do filme. A relação entre estas duas variações de densidade é conhecida como relação sinal-ruído

Densidade do filme

Num filme que é exposto à radiação, a densidade óptica ou grau de enegrecimento depende da quantidade de radiação absorvida pela emulsão radiográfica. 

Curva Característica

A curva de característica é a resposta de um tipo de filme à radiação de uma energia particular. Isso é obtido plotando a densidade da imagem do filme contra o logaritmo de exposição relativa.
Como a densidade é um logaritmo , escalas log-log são usadas para plotar os valores.
Escalas log-log não fazem apenas a interpretação gráfica mas também todos os valores da exposição relativa podem ser derivados facilmente, subtraindo um valor logaritmo de outro.
As curvas características podem também ser usadas para calcular as mudanças necessárias para otimizar a técnica quando altera-se o tipo de filme ou a densidade desejada.

Velocidade do filme

E um fator que determina a quantidade de radiação que o filme deve receber para obter uma dada densidade.
A velocidade do filme varia com a granulação do filme. Quanto maior a granulação, maior será a velocidade do filme.
Geralmente os filmes mais rápidos custam menos, então é um fator a ser analisado, a "economia".

Contraste do filme

É a medida da diferença na densidade do filme em regiões expostas com diferentes quantidades de radiação.

O contraste do filme não deve ser confundido com o contraste do objeto (peça).Armazenamento de filmes não expostos
A emulsão dos filmes é sensível ao calor, umidade, certos vapores ou fumaça química e radiação. Devem ser armazenados corretamente.

Data de validade do filme radiográfico

A data de validade dos filmes vem expressa na caixa e deve ser respeitada. O melhor é adquirir somente quantidades necessárias para uso por determinado período, evitando grandes estoques.
Fazendo-se o rodízio de prateleira, usa-se primeiro o filme com data mais antiga.
O filme quando está com sua ata de validade vencida, não deve ser descartado, alguns testes permitidos por normas podem ser feitos para verificar se ainda podem ser utilizados. 

Identificação dos filmes

É necessária e obrigatória a identificação dos filmes expostos. Esta identificação pode ser feita durante ou após a exposição. Podem ser utilizados:

Letras e números de chumbo
Fita de chumbo que aceita inscrições
Fitas adesivas, chapas de impressão ou outro método que não contamine a radiografia (após o processamento)

Local das identificações: canto direito superior do filme.


Radiologia Digital


O que é exame radiológico ou radiografia?

É um exame de diagnóstico médico por imagem que tem como finalidade “tirar uma fotografia” de determinado ponto do corpo humano. Com o resultado desse exame, o médico passa a ter elementos para que, apoiado no exame clínico, possa fazer o melhor diagnóstico e propor o tratamento mais adequado para cada patologia.

Quais os tipos de radiologia ou radiografia existentes?

Nós contamos com a radiologia convencional e, mais recentemente, passamos a dispor da radiologia digital. Esta última constitui um avanço significativo em relação à radiografia tradicional.

Qual a diferença entre ambas?

No equipamento tradicional o estudo é obtido da sensibilização de um filme comum por meio de raios-X. Na radiologia digital, o filme convencional é substituído por uma película especial, sensível aos raios-X, que é lida por equipamento moderno de computação, o que proporciona uma imagem de alta resolução.

Qual a principal vantagem da radiologia digital sobre a convencional?

A principal vantagem é a obtenção de imagens de melhor qualidade, o que proporciona maior sensibilidade na detecção de patologias. A radiologia digital é processada em uma estação de trabalho computadorizada, onde temos a possibilidade de processá-la com o uso de sofisticadas técnicas. Com isso temos ainda a possibilidade de fazermos diagnósticos cada vez mais precoces.

Alguma outra vantagem pode ser destacada?

A radiologia digital possibilita a diminuição da repetição dos exames a que comumente o paciente está sujeito com a técnica tradicional. Com isso, diminui-se a freqüência de sua exposição à radiação ionizante. Outra vantagem é que sendo o processo totalmente digital nos permite disponibilizar os exames em CDs, facilitando o arquivamento das imagens para consultas necessárias.

13 de abril de 2011

Banco de Tecidos

Radioesterilização para banco de tecidos biológicos

Arquivo IPEN/CTR

Ossos embalados prontos para serem radioesterilizados
 Na América Latina, a esterilização industrial mediante radiações ionizantes começou a mais de três décadas, desde então se tratam produtos de uso médico, farmacêuticos, cosméticos e alimentos. Posteriormente, esta atividade se estendeu à esterilização de tecidos humanos para enxerto, sendo que esta atividade foi reforçada e em alguns países
originada mediante a cooperação técnica e apoio financeiro da Agência Internacional de Energia Atômica.

O Brasil foi incorporado a este projeto em 1998 por meio do Hospital de Clínicas de São Paulo, onde está sendo instalado o Banco de Tecidos e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - ipen, onde serão efetuadas as irradiações dos tecidos.

A doação de tecidos tem sido alvo de controvérsia através dos anos, principalmente no que diz respeito aos testes e seleção do material a ser transplantado para evitar contaminação do receptor. A maioria dos tecidos transplantáveis, tais como, pele, osso, âmnion e outros tecidos não viáveis, podem ser tratados com radiação ionizante para minimizar a imunogenicidade, matar bactérias e reduzir o risco de transferir doenças contagiosas.

Os tecidos podem ser submetidos a outros métodos de esterilização utilizando aquecimento ou agentes químicos, porém o uso da irradiação permite que o material seja esterilizado já na sua embalagem final, reduzindo significativamente os riscos de recontaminação. Além do mais tanto o aquecimento, quanto os agentes químicos podem ocasionar danos à composição biológica do tecido.

O papel do ipen neste projeto, não se restringe a implantar rotina de prestação de serviços de irradiação para atendimento a bancos de tecidos do país, executando outras atividades igualmente importantes como: desenvolver dispositivos de irradiação para tecidos humanos, implantar procedimentos de dosimetria para controle de processos de irradiação, implantar programa de garantia de qualidade para irradiação de tecidos e pesquisas para otimizar tipo e dose a ser ministrada segundo o processo de preservação ao qual foi submetido o tecido. 
Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idc=240

Braquiterapia

Desenvolvimento e Produção de Fontes Radioativas para Braquiterapia 
Arquivo IPEN/CTR

Célula de Produção
 Sementes de Iodo-125

A partir da metade dos anos oitenta, avanços tecnológicos e novos produtos renovaram o interesse no uso da braquiterapia, em implantes permanentes com sementes de Iodo-125, para tratamento de câncer de próstata.
Os implantes com sementes oferecem um tipo de terapia menos invasiva, caracterizando-os como um procedimento não cirúrgico. Pequenas sementes são injetadas diretamente na próstata com a ajuda de uma fina agulha através da pele, entre o reto e o escroto. Uma grande dose de radiação é liberada apenas na próstata atacando o tumor. A técnica exige, em geral, a aplicação de 80 a 120 sementes por paciente.
As sementes são constituídas de uma cápsula de titânio de 0,8mm de diâmetro externo, 0,05mm de espessura de parede e 4,5mm de comprimento. O interior da cápsula acomoda um fio de prata contendo o Iodo-125 adsorvido.
As vantagens da técnica são:
a) a acentuada diminuição da dose fora da área do implante, poupando tecidos sadios;
b) menor incidência de efeitos colaterais como impotência e incontinência urinária comparada aos tratamentos convencionais;
c) o paciente pode retornar a atividade normal dentro de um a três dias.

O ipen instituiu um projeto para desenvolvimento tecnológico e produção das sementes de Iodo-125 com a finalidade de nacionalizar o produto tornando-o disponível a classe médica.

Fios de Irídio - 192 para uso em Braquiterapia

A braquiterapia consiste na inserção de fios radioativos diretamente em tumores. O radioisótopo irídio-192 é largamente usado para esta finalidade. Esses fios colocados em contato direto com o tumor possibilitam uma irradiação em doses mais elevadas pois sendo uma irradiação localizada, o tecido periférico ao tumor estará parcialmente protegido. 

Arquivo IPEN/CTR

Fios de Irídio-192

O ipen desenvolveu um programa de atividades visando a produção de fios de irídio-192 com o objetivo de oferecer um produto mas acessível à população.
Atualmente, o ipen produz rotineiramente estes fios para clínicas e hospitais do país.
Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idc=239

Hidrogéis


Hidrogéis para fins medicinais 
Arquivo IPEN/CTR

Hidrogéis
 Os hidrogéis em desenvolvimento no Centro de Tecnologia das Radiações do ipen são constituídos por uma mistura de polímeros sintéticos solubilizados em água. 
A solução contendo cerca de 90% de água é transferida para o molde, embalada e posteriormente submetida à irradiação em acelerador de elétrons ou com radiação gama proveniente de fonte de cobalto-60.
A radiação promove a simultânea esterilização do produto e a reticulação das cadeias poliméricas presentes, dando origem a um hidrogel insolúvel, capaz de absorver e reter grande quantidade de água sem sofrer alteração em sua forma física.
Os hidrogéis para uso tópico no tratamento de queimaduras e ulcerações da pele em geral são moldados na forma de membranas de 4mm de espessura.
As membranas são totalmente atóxicas, hipoalergênicas, permeáveis ao oxigênio e impermeáveis às bactérias. Sua utilização reduz a dor e o trauma provocado pela troca de curativos. Sua alta flexibilidade permite que o paciente seja submetido a sessões de fisioterapia, sem a retirada dos curativos. Sendo transparentes, as membranas de hidrogel permitem a observação do ferimento através do curativo, bem como a otimização da freqüência de sua substituição.

Outra aplicação importante destes hidrogéis em medicina é seu uso na liberação controlada de drogas incorporadas à sua composição, como antibióticos, por exemplo. Os hidrogéis polimerizados por radiação apresentam vantagens como: não requerem o uso de calor ou catalisadores; não apresentam monômeros residuais; podem ser modificados para permitir a liberação dos componentes incorporados a uma determinada taxa por um período definido de tempo.

As aplicações médicas desta tecnologia incluem materiais para diagnóstico e terapia. Os hidrogéis são moldados em diferentes formas, sejam membranas, bastões ou outras, de acordo com o uso.


Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idc=228

Radioesterilização

Radioesterilização 

Arquivo IPEN/CTR

Acelerador de elétrons e Gammacell
 
A esterilização por radiação ionizante é uma técnica altamente eficiente, econômica e segura que tem tido um rápido crescimente na indústria médica nos últimos 15 anos. Prevê-se que no ano 2000 mais de 50% de produção de ítens médicos descartáveis serão esterilizados por esse processo. 

Duas fontes de radiação podem ser utilizadas neste processo: raios gama de uma fonte de 60Co ou feixes de elétrons de aceleradores de alta energia. 
A radiação ionizante destrói os microorganismos presentes em produtos médicos quebrando suas cadeias moleculares e induzindo reações dos fragmentos com o oxigênio atmosférico ou compostos oxigenados, ou seja, mata os microorganismos e previne sua reprodução. 

Atualmente existem três processos de esterilização industrial: por vapor (autoclave), óxido de etileno (EtO) e radiação ionizante. O vapor, a forma mais antiga de esterilização, é limitado a materiais resistentes devido à alta temperatura exigida no processo. A necessidade de uma esterilização "a frio" abriu as portas ao uso do EtO e à radiação ionizante. 

A esterilização com EtO dominou o segmento do mercado de esterilização de produtos médicos descartáveis por muito tempo. Entretanto, sua natureza tóxica e a emissão de poluentes ao meio ambiente fez com que a Occupational Safety and Health Association (OSHA) a declarasse uma técnica agressiva adotando uma política rígida em sua aplicação. Atualmente, diversas empresas mundiais estão substituindo este processo de esterilização por radioesterilização.
 Arquivo IPEN/CTR
A elevada competitividade da radioesterilização decorre das seguintes características do processo:
  • os produtos são esterilizados já na embalagem final; 
  • a penetração da radiação assegura esterilização de todo o volume do produto, seja na forma de sólido, líquido ou gel;
 
Produtos esterilizados por radiação
  • processo é contínuo e não requer tratamento posterior para a retirada de gás residual; e, 
  • emprego de embalagem impermeável a gases, assegura esterilização por tempo ilimitado.


A grande quantidade de materiais compatíveis com a radiação por ionização (termoplásticos, borrachas, têxteis, metais, pigmentos, vidros, adesivos e tintas) torna extensa a relação de produtos esterilizáveis comercialmente por este processo: seringas descartáveis, agulhas, 
catéteres, luvas e kits cirúrgicos, suturas, implantes, proteínas, unidades para hemodiálise, placas de Petri, pinças, reagentes, cosméticos, etc. 

No Brasil, no estado de São Paulo, durante a década de 80 foram instalados três irradiadores comerciais com fontes de Co-60, licenciados para operar com atividade de 1.000.000 Curies: na Johnson & Johnson em S. José dos Campos e IBRAS em Campinas, dedicados à esterilização de sua própria produção (seringas, catéteres, suturas, fraldas descartáveis e outros produtos médicos) e na EMBRARAD em Cotia, que se dedica a prestar serviços de irradiação de diversos produtos para terceiros. 
Recentemente três novas instalações foram construídas: CBE em Jarinu / Atibaia com irradiador projetado e construído no Brasil dedicado a prestação de serviço de irradiação, uma nova planta da Embrarad em Cotia para aumentar a capacidade instalada e uma unidade instalada na empresa Techion em Manaus dedicado a irradiação de alimentos. 

As fontes de 60Co instaladas no ipen são de pequeno porte voltadas a ensaios de radioesterilização para determinação da dose ideal e prestação de serviços de esterilização em diversos produtos biológicos para Universidades e unidades do próprio ipen. 
Com a instalação do novo irradiador de 100.000 Curies, cujo projeto está em fase de implantação, o ipen estará em condições de realizar um importante programa de fomento e de assistência técnica à iniciativa privada no uso de irradiadores para desenvolvimento de processos de radioesterilização em: 
  • produtos médicos descartáveis, próteses, cosméticos, aditivos e componentes para indústrias farmacêuticas; 
  • meios de cultura, soluções e ingredientes para laboratórios de prestação de serviços e pesquisas; 
  • implantação de um banco de tecidos biológicos: ossos, peles e membranas diversas; e, 
  • alimentos destinados a pacientes de risco.

Arquivo IPEN/CTR

Dosímetros PMMA



Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idm=253
 Visando aumentar a segurança e confiabilidade das práticas de irradiação destes produtos, está sendo implantado no ipen uma linha de trabalho para dosimetria em processos industriais, onde serão aplicados sistemas de controle de qualidade baseados baseadas na norma ISO 11137 e apoiar os usuários locais na validação do processo de irradiação no beneficiamento de seus produtos.





10 de março de 2011

Imageamentos Nucleares

Os imageamentos nucleares  necessitam de um radioisótopo (composto marcado com tecnécio-99m ou hipurato de  iodo-131) dentro do sistema circulatório, que então é monitorizado à medida que se movimenta por todos os vasos sanguíneos dos rins.

Uma câmara de cintilação é posicionada posteriormente ao rim com o paciente em posição de decúbito ventral ou sentado. A hipersensibilidade ao radioisótopo é rara. O imageamento com tecnécio proporciona informações sobre a perfusão renal; o imageamento com hipurato fornece informações sobre a função renal.

Os imageamentos nucleares estão indicados  para avaliar a insuficiência renal aguda e crônica, massas renais e o fluxo sanguíneo antes e depois do transplante renal. O radioisótopo é injetado em um momento específico, antes do estudo, a fim  de alcançar a concentração adequada nos rins.

Depois que o procedimento é completado, o paciente é encorajado a beber líquidos de modo a promover a excreção dos radioisótopos pelos rins.


Fonte:

Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari      São Paulo/2007

Ultra-sonografia Vesical

A ultra-sonografia da bexiga é um método não invasivo para medir o volume da urina na bexiga. Ela pode ser indicada para as seguintes situações: freqüência urinária, incapacidade de urinar depois da retirada de um cateter urinário de demora, mensuração do volume urinário residual pós-miccional, incapacidade de urinar o período pós-operatório e avaliação da necessidade de cateterismo, durante os estágios iniciais de um programa de treinamento de cateterismo intermitente.

Aparelhos portáteis, operados por baterias, estão disponíveis para uso ao lado do leito. O scan é colocado sobre o abdome do paciente e é dirigido no sentido da bexiga. O aparelho calcula automaticamente e demonstra o volume urinário.

Fonte:

Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari      São Paulo/2007

Ultra-sonografia

A ultra-sonografia é um procedimento não-invasivo que emprega ondas sonoras emitidas para o interior do corpo através de um transdutor, de modo a detectar as normalidades dos tecidos e órgãos internos. As estruturas do sistema urinário criam imagens ultra-sonográficas características.

As anormalidades, como o acúmulo do líquído, massas, malformações congênitas, alterações no tamanho do órgão ou obstruções, podem ser identificadas. Durante o exame, o abdome inferior e a genitália podem precisar ser expostos para o procedimento.

A ultra-sonografia requer uma bexiga cheia. Portanto, a ingestão hídrica deve ser encorajada antes do procedimento. Por causa de sua sensibilidade, a ultra-sonografia substitui outros exames diagnósticos como o procedimento diagnóstico inicial.


Fonte:

Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari      São Paulo/2007

Exames do Rim, Ureter e Bexiga

Um estudo radiográfico do abdome ou do rim, ureteres e bexiga pode ser efetuado para delinear o tamanho, a forma e a posição dos rins e para revelar quaisquer anormalidades, como cálculos nos rins ou no trato urinário, hidronefrose (distensão da pelve, renal), cistos, tumores ou deslocamento renal por anormalidades nos tecidos circunvizinhos.

Fonte:

Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari      São Paulo/2007

Cistografia

A cistografia auxilia na avaliação do refluxo vesico-ureteral (o fluxo retrógrado da urina da bexiga para dentro de um ou ambos os ureteres) e no exame da lesão vesical.

Um cateter é introduzido na bexiga e um contraste é instilado para delinear a parede desse órgão.

 O extravasamento do contraste através de uma pequena perfuração na bexica provocada por lesão vesical pode acontecer, porém geralmente é inócuo.

A cistografia também pode ser efetuada em conjunto com os registros simultâneos da pressão dentro da bexiga.

Fonte:

Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari      São Paulo/2007

9 de março de 2011

Aplicativo de celular ajuda a detectar câncer

App trabalha em conjunto com equipamento de ressonância magnética

Mesmo após algumas pesquisas sugerirem que o celular pode causar câncer, um novo estudo poderá redimir o telefone móvel de sua culpa. Cientistas dos Estados Unidos trabalham em um aparelho controlado por smartphone que faz o diagnóstico da doença. Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts desenvolveram um equipamento que pode detectar tumores analisando poucas células do paciente, evitando as biópsias mais agressivas.

O aparelho, que cabe na palma da mão, é colocado ao lado da cabeceira do paciente e opera via um aplicativo no celular. Ele funciona com um chip de micro ressonância magnética, uma versão muito pequena dos aparelhos de ressonância usado em hospitais.
Nanopartículas magnéticas medem níveis de proteína na pessoa – procurando marcadores específicos que indicam a presença de câncer. E os médicos podem ler os resultados diretamente na tela do smartphone.

Os pesquisadores testaram o aparelho em 50 pacientes, combinando as leituras de quatro tipos de marcadores de proteínas. O câncer foi detectado em 96% dos casos. Um segundo teste com 20 pessoas acertou todos os resultados. Os métodos convencionais detectam câncer em 84% dos casos. O equipamento ligado ao celular dá os resultados em uma hora, bem mais rápido do que os meios tradicionais, que demoram cerca de 3 dias.
Apesar dos resultados animadores, os médicos não devem abandonar os métodos tradicionais de diagnosticar tumores tão cedo porque o novo aparelho tem algumas limitações.

GE Healthcare anuncia América Latina como pólo independente de negócio

Companhia também apresenta executivo que presidirá a região, que cresceu quase 40% em 2010.
 
São Paulo- A GE Healthcare, unidade de saúde da General Eletric, anuncia que a região da América Latina passa a ser um pólo independente, com reporte direto para a matriz global. Antes parte do grupo regional denominado de Américas, a nova região do negócio de saúde terá como presidente o executivo Rogerio Patrus. Há dez anos na GE, Patrus atuou em diversos negócios da companhia no Brasil e Estados Unidos. “É com grande satisfação que recebo esse desafio de conduzir um negócio tão importante para a empresa, principalmente diante desse cenário de crescimento, tanto da região quanto do negócio de healthcare. Estou certo de que minha experiência com a América Latina e de anos na companhia serão aliados nesse novo desafio”, comenta o novo presidente.
 
A nova configuração reforça o comprometimento da companhia em ampliar seus investimentos em mercados emergentes e foi fortemente influenciada pelos resultados de crescimento. Em 2010 o faturamento da unidade na região foi 38% superior ao obtido em 2009.
 
Com esse novo alinhamento, o negócio passa a ter ainda mais autonomia e agilidade para tomada de decisões e vê fortalecida sua habilidade de oferecer aos clientes locais soluções de saúde desenvolvidas para atender às suas necessidades específicas. “Os países latino americanos estão investindo significativamente em seus sistemas de saúde e enxergamos grandes oportunidades de crescimento na região.
 
Ao estabelecer a América Latina como um pólo independente, a GE Healthcare ampliará investimentos com foco em desenvolver soluções “na região, para a região”, o que nos possibilitará desenvolver produtos e parcerias estratégicas, que garantirão também crescimento de vendas”, aposta John Dineen, presidente e CEO global da GE Healthcare. O executivo ainda destaca que nos últimos meses, investimentos feitos na América Latina já apontavam esse mercado como um dos mais relevantes para a companhia. “Grande exemplo disso foi a inauguração da primeira fábrica da GE Healthcare na América do Sul, em meados do ano passado”, complementa.
 
Em julho de 2010 foi inaugurada em Contagem (MG) a primeira fábrica da GE Healthcare na América do Sul. Com investimento previsto de US$ 50 milhões em um período de dez anos, a planta será um pólo exportador para América Latina e até mesmo para outros continentes. Ainda este ano, será iniciada a produção de equipamentos de raios X, mamografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, PET/CT e Sistemas de Monitoração.
 
Investimentos da GE na região ultrapassam os US$ 500 milhões - A GE está investindo em parcerias tecnológicas com empresas brasileiras de ponta, interligando várias áreas da indústria, com o mais novo Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil. Com investimentos iniciais na ordem de US$ 100 milhões, será localizado na Ilha do Bom Jesus (Ilha do Fundão), no Rio de Janeiro, e quando as obras estiverem finalizadas empregará 200 pesquisadores e engenheiros. Além da área de saúde, o trabalho no centro será focado em tecnologias altamente avançadas para as indústrias de óleo e gás, energias renováveis, mineração, transporte ferroviário e aviação.
 
Além do centro de pesquisas, a GE investirá outros US$ 400 milhões nos próximos três anos em tecnologia, desenvolvimento de novos produtos, novas unidades, equipamentos e capital humano, incluindo:
 
. US$ 200 milhões no aumento da capacidade de fábricas e desenvolvimento de novos produtos para os negócios de Energia e Óleo e Gás da GE;
 
.Expansão da capacidade e novas linhas de produção para as unidades da GE Healthcare e GE Transportation, ambas em
 
.Contagem, Minas Gerais; GE Aviation, em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro; e os negócios de Iluminação, totalizando US$ 200 milhões;
 
.Criação do Centro de Qualificação Global da GE, focado em treinamento e desenvolvimento do capital humano da companhia, que será localizado junto ao novo Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil;
 
.Criação de 1.000 novos postos de trabalho na GE, interligando cada um dos negócios da companhia; Desenvolvimento de novos fornecedores e parceiros para produção mais localizada e robusta.
 
GE Healthcare - A GEHC fornece tecnologias médicas transformadoras e serviços que estão moldando uma nova era de cuidados com o paciente. Com vasto conhecimento em imagem diagnóstica e tecnologia da informação, sistemas de monitoração do paciente, melhoria de desempenho, descoberta de drogas e tecnologias de fabricação de biofármacos, a empresa está ajudando profissionais a oferecer um melhor cuidado a pessoas do mundo todo, por um custo menor. Além disso, a empresa atua em parceria com líderes de saúde, com o objetivo de estimular discussões políticas globais focadas em promover mudanças para sistemas de saúde mais sustentáveis.
 
A visão “healthymagination” para o futuro convida o mundo a se unir à GE, que desenvolve continuamente inovações focadas em redução de custos, aumento de acesso e melhora da qualidade e eficiência globalmente. Com sede no Reino Unido, a GE Healthcare é uma unidade da General Electric Company (NYSE: GE). No mundo todo, os funcionários da GE Healthcare são comprometidos a servir profissionais da saúde e seus pacientes em mais de 100 países. [www.gehealthcare.com].