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Apostila em pdf. |
21 de agosto de 2011
Entendendo as Gerações do Tomógrafo
1º GERAÇÃO
Na história da tomografia computadorizada, diferente tipos de tomógrafos têm sido criados. Os tomógrafos de primeira geração (EMI Mark I) foram aqueles criados por Sir. Godfrey Newbold Hounsfield em 1972. O padrão de varredura destes tomógrafos de primeira geração consistia de uma translação de tubo de raio X e do detector (um ou no máximo dois) em conjunto, seguida de uma pequena rotação. O procedimento era repetido até completar 180º.
2º GERAÇÃO
Na segunda geração de tomógrafos, ao invés de um detector um conjunto de detectores colocava-se do outro lado do tubo de raio X, de forma que o feixe de raio X formava um leque e não apenas uma linha única de aquisição de dados.
O primeiro tomógrafo de segunda geração foi lançado em 1974 pela firma americana OHIO NUCLEAR e, depois deste, outros tomógrafos de segunda geração mais aperfeiçoados e com maior número de detectores foram lançados no mercado dando um impulso muito grande à TC de corpo inteiro, pois eram mais rápidos e diminuíam acentuadamente os artefatos de movimento.
O CETAC - Centro de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética foi o segundo serviço de tomografia computadorizada do Brasil a ter aparelhos de segunda geração.
3º GERAÇÃO
Na terceira geração de tomógrafos, o movimento de translação foi eliminado, mantendo-se apenas o movimento de rotação e o feixe de raio X foi ampliado graças às novas tecnologias do tubo de raio X e o grande aumento no número de detectores, mudando-se completamente a geometria de varredura. O tempo de aquisição tornou-se bem mais rápido e a qualidade da imagem sofreu uma melhora bastante significativa.
A terceira geração de tomógrafos foi desenvolvida em 1974 pela firma Artronix, mas só colocada em prática em 1975 pela GE. Posteriormente, em 1977, a Philips melhorou a terceira geração de tomógrafos introduzindo o princípio do "geometric enlargement" que contribuiu para o desenvolvimento das técnicas de alta resolução nos tomógrafos subseqüentes.
4º GERAÇÃO
Em abril de 1976 a firma AS&E introduziu o conceito de tomógrafo de quarta geração que consistia num tubo de raio X, com movimento de rotação dentro de um conjunto fixo de detectores. Esses tomógrafos, contudo, devido a problemas de tecnologia dos computadores e dos detectores, matemática de reconstrução, processamento dos sinais e tubos de raio X só puderam entrar efetivamente em uso por volta de 1981.
Com toda esta evolução, contudo, grandes volumes corporais (tórax e abdômen) só podiam ser examinados através de cortes individuais (tomogramas) e, dependendo do número de cortes, os pacientes permaneceram durante muito tempo na mesa de exame, ou seja, cerca de 30 a 45 minutos para um exame completo do tórax ou abdômen (antes e depois do contraste).
Felizmente, novas gerações de tomógrafos surgiram e desta vez, com surpreendente tecnologia que conjuga novos computadores, novos softwares, novos tubos de raio X e novos sistemas de aquisição de dados.
Foram a quinta e a sexta gerações que culminaram com o sistema helicoidal. Com ele é possível a aquisição de dados de grandes volumes (até um metro de extensão corporal) em apenas 32 segundos para obtenção de milhares de cortes tomográficos.
5 de agosto de 2011
Abreviaturas
- ABD: abdome
- ACV: aparelho cardiovascular
- AD: átrio direito
- AE: átrio esquerdo
- AIDS: síndrome da imunodeficiência adquirida
- AR: aparelho respiratório
- ATC: angioplastia
- AVCH: acidente vascular cerebral hemorrágico
- AVCI: acidente vascular cerebral isquêmico
- BAVT: bloqueio atrioventricular total
- BCP: broncopneumonia
- BEG: bom estado geral
- BH: balanço hídrico
- BRNF: bulhas rítmicas normofonéticas
- CAT: cateterismo cardíaco
- cc: centímetro cúbico
- UCC: unidade centro cirúrgico
- CCC: colecistite calculosa crônica
- CCIH: comissão de controle de infecção hospitalar
- CIA: comunicação intra-atrial
- CIPA: comissão interna de prevenção a acidentes
- CIV: comunicação interventricular
- CME: centro de material esterilizado
- CO: gás carbônico
- DI: dia de internação
- DIU: dispositivo intra-uterino
- DM: diabetes melitus
- DPOC: doença pulmonar
- EAP: edema agudo de pulmão
- ECG: eletrocardiograma
- ECO: ecocardiograma
- EEG: eletroencefalograma
- EOT: entubação orotraqueal
- EP: embolia pulmonar
- EV: endovenoso
- FA: fibrilação atrial
- FC: fibrilação cardíaca
- FR: frequência respiratória
- FSH: hormônio folículo-estimulante
- FV: fibrilação cardíaca
- GECA: gastroenterocolite aguda
- GIG: grande para a idade gestacional
- HAS: hipertensão arterial sistêmica
- HB: hemoglobina
- HDA: hemorragia digestiva alta
- HDB: hemorragia digestiva baixa
- HIV: vírus da imunodeficiência humana
- HT: hematócrito
- IAM: infarto agudo do miocárdio
- IC: intracanal
- ICC: insuficiência cardíaca congestiva
- Ico: insuficiencia coronaria
- ID: intradérmico
- IM: intramuscular
- IR: insuficiência renal
- IRA: insuficiência respiratória aguda
- IRC: insuficiência renal cronica
- ITU: infecção do trato urinário
- IVAS: infecção das vias aéreas
- LER: lesão por esforços repetitivos
- LH: hormônio luteinizante
- MI: membro inferior
- MMII: membros inferiores
- MMSS: membros superiores
- MP: marcapasso
- MS: membro superior
- NEO: neoplasia
- NPP: nutrição parenteral prolongada
- O2 : oxigênio
- P: pulso
- PA: pressão
- PCR: parada cardiorrespiratória
- PIG: pequeno para idade gestacional
- RCD: rebordo costal direito
- RCE: rebordo costal esquerdo
- RCI: ritmo cardíaco irregular
- RCR: ritmo cardíaco regular
- REG: regular estado geral
- RHA: ruídos hidroaéreos
- RM: revascularização do miocárdio
- RN: recém-nascido
- RS: ritmo sinusal
- SARA: síndrome da angustia respiratória no adulto
- SC: subcutâneo
- SF: soro fisiológico
- SG: soro glicosado
- SGF: soro glicofisiologico
- SNA: sistema nervoso autônomo
- SNC: sistema nervoso central
- SNE: sonda nasoentérica
- SNG: sonda nasogastrica
- SNP: sistema nervoso periférico
- T: temperatura
- Tb: tuberculose
- TCE: traumatismo cranioencefálico
- TU: tumor
- UTI: unidade de terapia intensiva
- VD: ventrículo direito
- VE: ventrículo esquerdo
- VJD: veia jugular direito
- VJE: veia jugular esquerdo
- VO: via oral
- VSCD: veia subclávia direita
- VSCE: veia subclávia esquerda.
Fonte: COSTA (ORG), Denis Honorato; VITÓRIO, Ronaldo Luiz. Radiologia Médica - Códigos de Éticas, Enfermagem e Terminologias. São Paulo: Martinari, 2007. 263p.
17 de julho de 2011
Filmes Radiográficos
Filmes são usados como meio de registro, pois a sua emulsão depois de ser sensibilizada pela radiação e posteriormente processada, irá mostrar as diferenças de quantidade e intensidade da radiação que ultrapassou a peça, revelando as diferenças de densidade (grau de enegrecimento), as variações de espessura e grau de absorção da radiação.
Após a exposição do filme e o processamento dele, obteremos a radiografia.
Radiografia: obtida com raios-X
Gamagrafia: obtida com raios gama
Geralmente chamadas de radiografia, podem incluir as obtidas por raios gama
Como é o filme
Consiste de uma base com uma camada de emulsão contendo cristais de prata, usualmente o brometo de prata.
A base usualmente é de poliéster transparente, com uma suave coloração azulada.
Emulsão
Consiste de um material gelatinoso contendo grãos ou cristais de brometo de prata, sensíveis a radiação e distribuídos uniformemente.
Imagem Latente
A imagem latente é formada por interações da radiação eletromagnética com os cristais de brometo de prata.. Esta imagem é formada após a exposição e somente será vista após o processamento do filme.
Revelação
O produtos utilizados na revelação, reduzem os cristais contendo a imagem latente em prata metálica enegrecida mas terá um menor efeito naqueles cristais que não foram expostos radiação. A prata metálica é opaca e forma a imagem radiográfica.
Qualidade da imagem
Uma imagem de qualidade consiste em apresentar: definição, contraste, resolução e nitidez.
Granulação
É a impressão visual de não uniformidade de densidade em uma imagem radiográfica
Geralmente a granulação aumenta com o aumento da energia da radiação
Relação sinal-ruído
A variação acidental na densidade da imagem torna mais difícil identificar a variação deliberada na densidade da imagem que resulta do uso do filme. A relação entre estas duas variações de densidade é conhecida como relação sinal-ruído
Tipos de filme
Existem vários tipos de filmes para raios-X industrial. Eles variam de acordo com a relação sinal-ruído, velocidade de resposta à radiação e granulação. De acordo com algumas publicações, é mais apropriada a classificação pela relação sinal-ruído. Filmes de granulação muito fina apresentam uma alta relação sinal ruído, requerem comparativamente maiores quantidades de radiação na exposição para produzirem imagens com excelentes resolução de detalhes.
Existem quatro classes de filmes, de acordo com algumas normas são elas:
Classe 1, Classe 2, Classe3 e Classe 4.
Outras normas estabelecem:
Classe especial, Classe I, Classe II, Classe III
De acordo com a ASTM
Classe especial: essa classe apresenta altíssima relação sinal-ruído. São filmes considerados de alta resolução de detalhes. Devem ser utilizados quando a máxima sensibilidade é requerida. São filmes muito lentos.
Classe I: essa classe é considerada com de alta relação sinal-ruído
Classe II: considerada de moderada relação sinal-ruído.
Classe III: aqui estão classificados os filmes de baixa relação sinal-ruído. São filmes de alta velocidade.
Contraste do filme
É a medida da diferença na densidade do filme em regiões expostas com diferentes quantidades de radiação.
Relação sinal-ruído
A variação acidental na densidade da imagem torna mais difícil identificar a variação deliberada na densidade da imagem que resulta do uso do filme. A relação entre estas duas variações de densidade é conhecida como relação sinal-ruído
Densidade do filme
Num filme que é exposto à radiação, a densidade óptica ou grau de enegrecimento depende da quantidade de radiação absorvida pela emulsão radiográfica.
Curva Característica
A curva de característica é a resposta de um tipo de filme à radiação de uma energia particular. Isso é obtido plotando a densidade da imagem do filme contra o logaritmo de exposição relativa.
Como a densidade é um logaritmo , escalas log-log são usadas para plotar os valores.
Escalas log-log não fazem apenas a interpretação gráfica mas também todos os valores da exposição relativa podem ser derivados facilmente, subtraindo um valor logaritmo de outro.
As curvas características podem também ser usadas para calcular as mudanças necessárias para otimizar a técnica quando altera-se o tipo de filme ou a densidade desejada.
Velocidade do filme
E um fator que determina a quantidade de radiação que o filme deve receber para obter uma dada densidade.
A velocidade do filme varia com a granulação do filme. Quanto maior a granulação, maior será a velocidade do filme.
Geralmente os filmes mais rápidos custam menos, então é um fator a ser analisado, a "economia".
Contraste do filme
É a medida da diferença na densidade do filme em regiões expostas com diferentes quantidades de radiação.
O contraste do filme não deve ser confundido com o contraste do objeto (peça).Armazenamento de filmes não expostos
A emulsão dos filmes é sensível ao calor, umidade, certos vapores ou fumaça química e radiação. Devem ser armazenados corretamente.
Data de validade do filme radiográfico
A data de validade dos filmes vem expressa na caixa e deve ser respeitada. O melhor é adquirir somente quantidades necessárias para uso por determinado período, evitando grandes estoques.
Fazendo-se o rodízio de prateleira, usa-se primeiro o filme com data mais antiga.
O filme quando está com sua ata de validade vencida, não deve ser descartado, alguns testes permitidos por normas podem ser feitos para verificar se ainda podem ser utilizados.
Identificação dos filmes
É necessária e obrigatória a identificação dos filmes expostos. Esta identificação pode ser feita durante ou após a exposição. Podem ser utilizados:
Letras e números de chumbo
Fita de chumbo que aceita inscrições
Fitas adesivas, chapas de impressão ou outro método que não contamine a radiografia (após o processamento)
Local das identificações: canto direito superior do filme.
Radiologia Digital
O que é exame radiológico ou radiografia?
É um exame de diagnóstico médico por imagem que tem como finalidade “tirar uma fotografia” de determinado ponto do corpo humano. Com o resultado desse exame, o médico passa a ter elementos para que, apoiado no exame clínico, possa fazer o melhor diagnóstico e propor o tratamento mais adequado para cada patologia.
Quais os tipos de radiologia ou radiografia existentes?
Nós contamos com a radiologia convencional e, mais recentemente, passamos a dispor da radiologia digital. Esta última constitui um avanço significativo em relação à radiografia tradicional.
Qual a diferença entre ambas?
No equipamento tradicional o estudo é obtido da sensibilização de um filme comum por meio de raios-X. Na radiologia digital, o filme convencional é substituído por uma película especial, sensível aos raios-X, que é lida por equipamento moderno de computação, o que proporciona uma imagem de alta resolução.
Qual a principal vantagem da radiologia digital sobre a convencional?
A principal vantagem é a obtenção de imagens de melhor qualidade, o que proporciona maior sensibilidade na detecção de patologias. A radiologia digital é processada em uma estação de trabalho computadorizada, onde temos a possibilidade de processá-la com o uso de sofisticadas técnicas. Com isso temos ainda a possibilidade de fazermos diagnósticos cada vez mais precoces.
Alguma outra vantagem pode ser destacada?
13 de abril de 2011
Banco de Tecidos
Radioesterilização para banco de tecidos biológicos
O Brasil foi incorporado a este projeto em 1998 por meio do Hospital de Clínicas de São Paulo, onde está sendo instalado o Banco de Tecidos e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - ipen, onde serão efetuadas as irradiações dos tecidos. A doação de tecidos tem sido alvo de controvérsia através dos anos, principalmente no que diz respeito aos testes e seleção do material a ser transplantado para evitar contaminação do receptor. A maioria dos tecidos transplantáveis, tais como, pele, osso, âmnion e outros tecidos não viáveis, podem ser tratados com radiação ionizante para minimizar a imunogenicidade, matar bactérias e reduzir o risco de transferir doenças contagiosas. Os tecidos podem ser submetidos a outros métodos de esterilização utilizando aquecimento ou agentes químicos, porém o uso da irradiação permite que o material seja esterilizado já na sua embalagem final, reduzindo significativamente os riscos de recontaminação. Além do mais tanto o aquecimento, quanto os agentes químicos podem ocasionar danos à composição biológica do tecido. O papel do ipen neste projeto, não se restringe a implantar rotina de prestação de serviços de irradiação para atendimento a bancos de tecidos do país, executando outras atividades igualmente importantes como: desenvolver dispositivos de irradiação para tecidos humanos, implantar procedimentos de dosimetria para controle de processos de irradiação, implantar programa de garantia de qualidade para irradiação de tecidos e pesquisas para otimizar tipo e dose a ser ministrada segundo o processo de preservação ao qual foi submetido o tecido. |
Braquiterapia
Desenvolvimento e Produção de Fontes Radioativas para Braquiterapia
As sementes são constituídas de uma cápsula de titânio de 0,8mm de diâmetro externo, 0,05mm de espessura de parede e 4,5mm de comprimento. O interior da cápsula acomoda um fio de prata contendo o Iodo-125 adsorvido. As vantagens da técnica são: a) a acentuada diminuição da dose fora da área do implante, poupando tecidos sadios; b) menor incidência de efeitos colaterais como impotência e incontinência urinária comparada aos tratamentos convencionais; c) o paciente pode retornar a atividade normal dentro de um a três dias. O ipen instituiu um projeto para desenvolvimento tecnológico e produção das sementes de Iodo-125 com a finalidade de nacionalizar o produto tornando-o disponível a classe médica. Fios de Irídio - 192 para uso em Braquiterapia A braquiterapia consiste na inserção de fios radioativos diretamente em tumores. O radioisótopo irídio-192 é largamente usado para esta finalidade. Esses fios colocados em contato direto com o tumor possibilitam uma irradiação em doses mais elevadas pois sendo uma irradiação localizada, o tecido periférico ao tumor estará parcialmente protegido.
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Hidrogéis
Hidrogéis para fins medicinais
A radiação promove a simultânea esterilização do produto e a reticulação das cadeias poliméricas presentes, dando origem a um hidrogel insolúvel, capaz de absorver e reter grande quantidade de água sem sofrer alteração em sua forma física. Os hidrogéis para uso tópico no tratamento de queimaduras e ulcerações da pele em geral são moldados na forma de membranas de 4mm de espessura. As membranas são totalmente atóxicas, hipoalergênicas, permeáveis ao oxigênio e impermeáveis às bactérias. Sua utilização reduz a dor e o trauma provocado pela troca de curativos. Sua alta flexibilidade permite que o paciente seja submetido a sessões de fisioterapia, sem a retirada dos curativos. Sendo transparentes, as membranas de hidrogel permitem a observação do ferimento através do curativo, bem como a otimização da freqüência de sua substituição. Outra aplicação importante destes hidrogéis em medicina é seu uso na liberação controlada de drogas incorporadas à sua composição, como antibióticos, por exemplo. Os hidrogéis polimerizados por radiação apresentam vantagens como: não requerem o uso de calor ou catalisadores; não apresentam monômeros residuais; podem ser modificados para permitir a liberação dos componentes incorporados a uma determinada taxa por um período definido de tempo. As aplicações médicas desta tecnologia incluem materiais para diagnóstico e terapia. Os hidrogéis são moldados em diferentes formas, sejam membranas, bastões ou outras, de acordo com o uso. Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idc=228 |
Radioesterilização
Radioesterilização
Arquivo IPEN/CTR | ||
Acelerador de elétrons e Gammacell | A esterilização por radiação ionizante é uma técnica altamente eficiente, econômica e segura que tem tido um rápido crescimente na indústria médica nos últimos 15 anos. Prevê-se que no ano 2000 mais de 50% de produção de ítens médicos descartáveis serão esterilizados por esse processo. |
Duas fontes de radiação podem ser utilizadas neste processo: raios gama de uma fonte de 60Co ou feixes de elétrons de aceleradores de alta energia.
A radiação ionizante destrói os microorganismos presentes em produtos médicos quebrando suas cadeias moleculares e induzindo reações dos fragmentos com o oxigênio atmosférico ou compostos oxigenados, ou seja, mata os microorganismos e previne sua reprodução.
Atualmente existem três processos de esterilização industrial: por vapor (autoclave), óxido de etileno (EtO) e radiação ionizante. O vapor, a forma mais antiga de esterilização, é limitado a materiais resistentes devido à alta temperatura exigida no processo. A necessidade de uma esterilização "a frio" abriu as portas ao uso do EtO e à radiação ionizante.
A esterilização com EtO dominou o segmento do mercado de esterilização de produtos médicos descartáveis por muito tempo. Entretanto, sua natureza tóxica e a emissão de poluentes ao meio ambiente fez com que a Occupational Safety and Health Association (OSHA) a declarasse uma técnica agressiva adotando uma política rígida em sua aplicação. Atualmente, diversas empresas mundiais estão substituindo este processo de esterilização por radioesterilização.
Arquivo IPEN/CTR | ||
A elevada competitividade da radioesterilização decorre das seguintes características do processo:
| Produtos esterilizados por radiação |
- processo é contínuo e não requer tratamento posterior para a retirada de gás residual; e,
- emprego de embalagem impermeável a gases, assegura esterilização por tempo ilimitado.
A grande quantidade de materiais compatíveis com a radiação por ionização (termoplásticos, borrachas, têxteis, metais, pigmentos, vidros, adesivos e tintas) torna extensa a relação de produtos esterilizáveis comercialmente por este processo: seringas descartáveis, agulhas,
catéteres, luvas e kits cirúrgicos, suturas, implantes, proteínas, unidades para hemodiálise, placas de Petri, pinças, reagentes, cosméticos, etc.
No Brasil, no estado de São Paulo, durante a década de 80 foram instalados três irradiadores comerciais com fontes de Co-60, licenciados para operar com atividade de 1.000.000 Curies: na Johnson & Johnson em S. José dos Campos e IBRAS em Campinas, dedicados à esterilização de sua própria produção (seringas, catéteres, suturas, fraldas descartáveis e outros produtos médicos) e na EMBRARAD em Cotia, que se dedica a prestar serviços de irradiação de diversos produtos para terceiros.
Recentemente três novas instalações foram construídas: CBE em Jarinu / Atibaia com irradiador projetado e construído no Brasil dedicado a prestação de serviço de irradiação, uma nova planta da Embrarad em Cotia para aumentar a capacidade instalada e uma unidade instalada na empresa Techion em Manaus dedicado a irradiação de alimentos.
As fontes de 60Co instaladas no ipen são de pequeno porte voltadas a ensaios de radioesterilização para determinação da dose ideal e prestação de serviços de esterilização em diversos produtos biológicos para Universidades e unidades do próprio ipen.
Com a instalação do novo irradiador de 100.000 Curies, cujo projeto está em fase de implantação, o ipen estará em condições de realizar um importante programa de fomento e de assistência técnica à iniciativa privada no uso de irradiadores para desenvolvimento de processos de radioesterilização em:
- produtos médicos descartáveis, próteses, cosméticos, aditivos e componentes para indústrias farmacêuticas;
- meios de cultura, soluções e ingredientes para laboratórios de prestação de serviços e pesquisas;
- implantação de um banco de tecidos biológicos: ossos, peles e membranas diversas; e,
- alimentos destinados a pacientes de risco.
Arquivo IPEN/CTR | ||
Dosímetros PMMA Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idm=253 | Visando aumentar a segurança e confiabilidade das práticas de irradiação destes produtos, está sendo implantado no ipen uma linha de trabalho para dosimetria em processos industriais, onde serão aplicados sistemas de controle de qualidade baseados baseadas na norma ISO 11137 e apoiar os usuários locais na validação do processo de irradiação no beneficiamento de seus produtos. |
23 de março de 2011
10 de março de 2011
Imageamentos Nucleares
Os imageamentos nucleares necessitam de um radioisótopo (composto marcado com tecnécio-99m ou hipurato de iodo-131) dentro do sistema circulatório, que então é monitorizado à medida que se movimenta por todos os vasos sanguíneos dos rins.
Uma câmara de cintilação é posicionada posteriormente ao rim com o paciente em posição de decúbito ventral ou sentado. A hipersensibilidade ao radioisótopo é rara. O imageamento com tecnécio proporciona informações sobre a perfusão renal; o imageamento com hipurato fornece informações sobre a função renal.
Os imageamentos nucleares estão indicados para avaliar a insuficiência renal aguda e crônica, massas renais e o fluxo sanguíneo antes e depois do transplante renal. O radioisótopo é injetado em um momento específico, antes do estudo, a fim de alcançar a concentração adequada nos rins.
Depois que o procedimento é completado, o paciente é encorajado a beber líquidos de modo a promover a excreção dos radioisótopos pelos rins.
Fonte:
Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari São Paulo/2007
Marcadores:
Radiografia e outras Modalidades de Imageamento
Ultra-sonografia Vesical
A ultra-sonografia da bexiga é um método não invasivo para medir o volume da urina na bexiga. Ela pode ser indicada para as seguintes situações: freqüência urinária, incapacidade de urinar depois da retirada de um cateter urinário de demora, mensuração do volume urinário residual pós-miccional, incapacidade de urinar o período pós-operatório e avaliação da necessidade de cateterismo, durante os estágios iniciais de um programa de treinamento de cateterismo intermitente.
Aparelhos portáteis, operados por baterias, estão disponíveis para uso ao lado do leito. O scan é colocado sobre o abdome do paciente e é dirigido no sentido da bexiga. O aparelho calcula automaticamente e demonstra o volume urinário.
Fonte:
Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari São Paulo/2007
Marcadores:
Radiografia e outras Modalidades de Imageamento
Ultra-sonografia
A ultra-sonografia é um procedimento não-invasivo que emprega ondas sonoras emitidas para o interior do corpo através de um transdutor, de modo a detectar as normalidades dos tecidos e órgãos internos. As estruturas do sistema urinário criam imagens ultra-sonográficas características.
As anormalidades, como o acúmulo do líquído, massas, malformações congênitas, alterações no tamanho do órgão ou obstruções, podem ser identificadas. Durante o exame, o abdome inferior e a genitália podem precisar ser expostos para o procedimento.
A ultra-sonografia requer uma bexiga cheia. Portanto, a ingestão hídrica deve ser encorajada antes do procedimento. Por causa de sua sensibilidade, a ultra-sonografia substitui outros exames diagnósticos como o procedimento diagnóstico inicial.
Fonte:
Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari São Paulo/2007
Marcadores:
Radiografia e outras Modalidades de Imageamento
Exames do Rim, Ureter e Bexiga
Um estudo radiográfico do abdome ou do rim, ureteres e bexiga pode ser efetuado para delinear o tamanho, a forma e a posição dos rins e para revelar quaisquer anormalidades, como cálculos nos rins ou no trato urinário, hidronefrose (distensão da pelve, renal), cistos, tumores ou deslocamento renal por anormalidades nos tecidos circunvizinhos.
Fonte:
Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari São Paulo/2007
Marcadores:
Radiografia e outras Modalidades de Imageamento
Cistografia
A cistografia auxilia na avaliação do refluxo vesico-ureteral (o fluxo retrógrado da urina da bexiga para dentro de um ou ambos os ureteres) e no exame da lesão vesical.
Um cateter é introduzido na bexiga e um contraste é instilado para delinear a parede desse órgão.
O extravasamento do contraste através de uma pequena perfuração na bexica provocada por lesão vesical pode acontecer, porém geralmente é inócuo.
A cistografia também pode ser efetuada em conjunto com os registros simultâneos da pressão dentro da bexiga.
Fonte:
Livro: Radiologia Médica - código e ética, enfermagem e terminologias
Autor: Denis Honorato Costa e Ronaldo Luiz Vitório
Editora: Martinari São Paulo/2007
Marcadores:
Radiografia e outras Modalidades de Imageamento
9 de março de 2011
Aplicativo de celular ajuda a detectar câncer
App trabalha em conjunto com equipamento de ressonância magnética
Mesmo após algumas pesquisas sugerirem que o celular pode causar câncer, um novo estudo poderá redimir o telefone móvel de sua culpa. Cientistas dos Estados Unidos trabalham em um aparelho controlado por smartphone que faz o diagnóstico da doença. Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts desenvolveram um equipamento que pode detectar tumores analisando poucas células do paciente, evitando as biópsias mais agressivas.
O aparelho, que cabe na palma da mão, é colocado ao lado da cabeceira do paciente e opera via um aplicativo no celular. Ele funciona com um chip de micro ressonância magnética, uma versão muito pequena dos aparelhos de ressonância usado em hospitais.
Nanopartículas magnéticas medem níveis de proteína na pessoa – procurando marcadores específicos que indicam a presença de câncer. E os médicos podem ler os resultados diretamente na tela do smartphone.
Os pesquisadores testaram o aparelho em 50 pacientes, combinando as leituras de quatro tipos de marcadores de proteínas. O câncer foi detectado em 96% dos casos. Um segundo teste com 20 pessoas acertou todos os resultados. Os métodos convencionais detectam câncer em 84% dos casos. O equipamento ligado ao celular dá os resultados em uma hora, bem mais rápido do que os meios tradicionais, que demoram cerca de 3 dias.
Apesar dos resultados animadores, os médicos não devem abandonar os métodos tradicionais de diagnosticar tumores tão cedo porque o novo aparelho tem algumas limitações.
GE Healthcare anuncia América Latina como pólo independente de negócio
Companhia também apresenta executivo que presidirá a região, que cresceu quase 40% em 2010.
São Paulo- A GE Healthcare, unidade de saúde da General Eletric, anuncia que a região da América Latina passa a ser um pólo independente, com reporte direto para a matriz global. Antes parte do grupo regional denominado de Américas, a nova região do negócio de saúde terá como presidente o executivo Rogerio Patrus. Há dez anos na GE, Patrus atuou em diversos negócios da companhia no Brasil e Estados Unidos. “É com grande satisfação que recebo esse desafio de conduzir um negócio tão importante para a empresa, principalmente diante desse cenário de crescimento, tanto da região quanto do negócio de healthcare. Estou certo de que minha experiência com a América Latina e de anos na companhia serão aliados nesse novo desafio”, comenta o novo presidente.
A nova configuração reforça o comprometimento da companhia em ampliar seus investimentos em mercados emergentes e foi fortemente influenciada pelos resultados de crescimento. Em 2010 o faturamento da unidade na região foi 38% superior ao obtido em 2009.
Com esse novo alinhamento, o negócio passa a ter ainda mais autonomia e agilidade para tomada de decisões e vê fortalecida sua habilidade de oferecer aos clientes locais soluções de saúde desenvolvidas para atender às suas necessidades específicas. “Os países latino americanos estão investindo significativamente em seus sistemas de saúde e enxergamos grandes oportunidades de crescimento na região.
Ao estabelecer a América Latina como um pólo independente, a GE Healthcare ampliará investimentos com foco em desenvolver soluções “na região, para a região”, o que nos possibilitará desenvolver produtos e parcerias estratégicas, que garantirão também crescimento de vendas”, aposta John Dineen, presidente e CEO global da GE Healthcare. O executivo ainda destaca que nos últimos meses, investimentos feitos na América Latina já apontavam esse mercado como um dos mais relevantes para a companhia. “Grande exemplo disso foi a inauguração da primeira fábrica da GE Healthcare na América do Sul, em meados do ano passado”, complementa.
Em julho de 2010 foi inaugurada em Contagem (MG) a primeira fábrica da GE Healthcare na América do Sul. Com investimento previsto de US$ 50 milhões em um período de dez anos, a planta será um pólo exportador para América Latina e até mesmo para outros continentes. Ainda este ano, será iniciada a produção de equipamentos de raios X, mamografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, PET/CT e Sistemas de Monitoração.
Investimentos da GE na região ultrapassam os US$ 500 milhões - A GE está investindo em parcerias tecnológicas com empresas brasileiras de ponta, interligando várias áreas da indústria, com o mais novo Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil. Com investimentos iniciais na ordem de US$ 100 milhões, será localizado na Ilha do Bom Jesus (Ilha do Fundão), no Rio de Janeiro, e quando as obras estiverem finalizadas empregará 200 pesquisadores e engenheiros. Além da área de saúde, o trabalho no centro será focado em tecnologias altamente avançadas para as indústrias de óleo e gás, energias renováveis, mineração, transporte ferroviário e aviação.
Além do centro de pesquisas, a GE investirá outros US$ 400 milhões nos próximos três anos em tecnologia, desenvolvimento de novos produtos, novas unidades, equipamentos e capital humano, incluindo:
. US$ 200 milhões no aumento da capacidade de fábricas e desenvolvimento de novos produtos para os negócios de Energia e Óleo e Gás da GE;
.Expansão da capacidade e novas linhas de produção para as unidades da GE Healthcare e GE Transportation, ambas em
.Contagem, Minas Gerais; GE Aviation, em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro; e os negócios de Iluminação, totalizando US$ 200 milhões;
.Criação do Centro de Qualificação Global da GE, focado em treinamento e desenvolvimento do capital humano da companhia, que será localizado junto ao novo Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil;
.Criação de 1.000 novos postos de trabalho na GE, interligando cada um dos negócios da companhia; Desenvolvimento de novos fornecedores e parceiros para produção mais localizada e robusta.
GE Healthcare - A GEHC fornece tecnologias médicas transformadoras e serviços que estão moldando uma nova era de cuidados com o paciente. Com vasto conhecimento em imagem diagnóstica e tecnologia da informação, sistemas de monitoração do paciente, melhoria de desempenho, descoberta de drogas e tecnologias de fabricação de biofármacos, a empresa está ajudando profissionais a oferecer um melhor cuidado a pessoas do mundo todo, por um custo menor. Além disso, a empresa atua em parceria com líderes de saúde, com o objetivo de estimular discussões políticas globais focadas em promover mudanças para sistemas de saúde mais sustentáveis.
A visão “healthymagination” para o futuro convida o mundo a se unir à GE, que desenvolve continuamente inovações focadas em redução de custos, aumento de acesso e melhora da qualidade e eficiência globalmente. Com sede no Reino Unido, a GE Healthcare é uma unidade da General Electric Company (NYSE: GE). No mundo todo, os funcionários da GE Healthcare são comprometidos a servir profissionais da saúde e seus pacientes em mais de 100 países. [www.gehealthcare.com].
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