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25 de janeiro de 2011

Câncer de mama em idosas aumenta 42% em São Paulo

Tumor em mulheres jovens representa cerca de 10% de novos casos
 
Diego Junqueira, do R7

O câncer de mama cresce no Brasil em mulheres de todas as idades, mas o avanço é mais rápido em mulheres acima dos 60 anos. Levantamento feito com base nos registros da Fundação Oncocentro de São Paulo, no período de 2000 a 2008, revela que o número de novos casos em idosas cresceu 41,8% no Estado.
A Fundação Oncocentro recebe dados de 76 hospitais do Estado, incluindo o Hospital das Clínicas de São Paulo e de Ribeirão Preto, Hospital A.C. Camargo, Hospital de Barretos, Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), entre outros. O levantamento foi realizado pelo mastologista Marcos Desidério Ricci, da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), que analisou os 44.709 novos casos diagnosticados pela fundação durante nove anos.
Do total de casos, 44.312 foram registrados em mulheres e 397 em homens. Segundo o levantamento, 2.110 mulheres com mais de 60 anos foram diagnosticadas com câncer de mama somente no ano 2008. Oito anos antes, o número de novos casos nessa faixa etária tinha sido de 1.487, o que indica um crescimento de 41,8% no período.
Entre as mulheres de 40 a 60 anos, o número de novos registros saltou de 2.042, no ano 2000, para 2.744 em 2008, um aumento de 34,3%. Apesar do crescimento menor (na comparação com as idosas), são as mulheres de 40 a 60 anos que mais recebem diagnóstico do câncer. O levantamento mostra que, em 2008, 51% dos casos foram registrados nessa faixa etária. Já as idosas representam 39,2% dos novos casos. O restante (9,8%) são os diagnósticos da doença em mulheres com menos de 40 anos.
A idade é um dos fatores de risco para o câncer de mama, de acordo com Ricci. Além disso, o avanço mais acelerado da doença entre as mulheres com mais de 60 anos também pode ser explicado pela maior expectativa de vida da população
- O câncer de mama é uma doença da velhice.
Além da idade, outros fatores também aumentam o risco da doença, como a menarca (primeira menstruação) mais cedo, a menopausa tardia, o sedentarismo, a obesidade, a ansiedade, o estresse, angústia, tristeza, depressão, o tabagismo, o consumo de álcool e a reposição hormonal. O componente genético é responsável por 10% dos casos, de acordo com a SBM.

Tumor em jovens representa 10% dos casos

O levantamento de Ricci mostra ainda que o número de novos casos em mulheres jovens (com menos de 40 anos) cresceu 12,6% em nove anos, passando de 468 diagnósticos, em 2000, para 527 em 2008.
Para o presidente da SBM, o mastologista Carlos Ruiz, a pesquisa é importante por mostrar que, apesar desse avanço, a porcentagem de casos em mulheres jovens se manteve estável durante o período. No ano 2000, o tumor nas mulheres com menos de 40 anos representava 11,7% de todos os casos, segundo o levantamento. Já em 2008, esse índice caiu para 9,8%.
Ruiz afirma que algumas mulheres com menos de 40 anos, de tão preocupadas com a doença, estão antecipando os exames de mamografia.
- Se a paciente não for do grupo de risco, ela não precisa fazer a mamografia antes dos 40. Está se criando um medo nas mulheres dessa faixa etária. Mas não é preciso gastar dinheiro com a população jovem, e sim com quem precisa.

Segundo Ricci, o fator de risco mais importante para a mulher jovem é o componente genético. Mulheres com histórico da doença na família, principalmente se o tumor for diagnosticado antes dos 40, devem antecipar a consulta com o mastologista.
O Inca (Instituto Nacional de Câncer) recomenda a mamografia de rastreamento (de prevenção) para as mulheres entre 50 e 69 anos, sendo apenas um exame a cada dois anos. Para as mulheres que têm casos de câncer de mama na família, a recomendação é realizar esse exame uma vez por ano a partir dos 35 anos.
Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda o exame de rastreamento a partir dos 40 anos, uma vez por ano.
A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por meio de um aparelho de raios-X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, inclusive milimétricas, que ampliam a capacidade de diagnóstico.

20 de janeiro de 2011

Filme mais rápido do mundo é registrado em hologramas

Cientistas da Universidade Técnica de Berlim desenvolveram uma técnica capaz de captar imagens tão rapidamente que se torna possível filmar processos biológicos ocorrendo em nível molecular.

Filme molecular

Para entender melhor como nosso sistema imunológico nos defende contra um vírus, ou os processos que ocorrem durante a fotossíntese, os cientistas precisam rastrear as reações e as interações em nível molecular.
Mas esses processos não são apenas minúsculos - eles são extremamente rápidos e, por isso, muito difíceis de serem acompanhados.
A equipe coordenada pelo Dr. Stefan Eisebitt agora desenvolveu uma técnica capaz de fazer um "filme molecular", que mostra como uma molécula se comporta em um momento crítico de uma reação química.
Embora ainda não seja uma supercâmera pronta para uso, a técnica poderá se transformar em uma ferramenta fundamental para as pesquisas não apenas nas ciências da vida, mas também no desenvolvimento de novas fontes de energia, na química em geral e nas nanociências.

Imagens sobrepostas

Os processos em nível molecular ocorrem em tempos na faixa dos femtossegundos - 1 femtossegundo equivale a 1 milionésimo de 1 bilionésimo de segundo - veja Batido recorde mundial do menor tempo já medido.
O que os cientistas fizeram foi desenvolver um método para capturar imagens em sequência com um intervalo de meros 50 femtossegundos.
Embora já fosse possível capturar uma única imagem com um tempo de exposição na faixa dos femtossegundos, usando um pulso ultra-curto de luz, nunca havia sido possível capturar uma sequência de imagens em sucessão tão rápida.
Isso porque o sensor que captura a imagem não tem o tempo necessário para repassar a informação da primeira imagem e dar um refresh a tempo de capturar a próxima.
E não se trata de esperar por sensores melhores: qualquer tentativa para dar um refresh, ou mesmo de trocar os sensores, levaria tempo demais, mesmo que isso pudesse ser feito à velocidade da luz.

Holograma duplo


Filme mais rápido do mundo é registrado em hologramas

Em cima está a parte central do holograma duplo, contendo as imagens que se superpõem no detector. Embaixo, as imagens já decompostas, mostrando uma miniatura do Portão de Brandemburgo. [Imagem: HZB/Eisebitt]

 
Os pesquisadores alemães abordaram o problema usando um poderoso laser de raios X e descobriram uma forma elegante de desembaralhar a informação superposta no detector pelas imagens capturadas em sequência.
Eles codificaram as duas imagens que se superpõem em um único holograma de raios X.
Embora elegante, a técnica não é simples, e são necessárias várias etapas para obter a sequência final das imagens.
Primeiro, os cientistas dividem o feixe de laser de raios X em dois feixes separados. Usando múltiplos espelhos, eles forçam um feixe a fazer um pequeno desvio, o que faz com que os dois pulsos alcancem o objeto em momentos ligeiramente diferentes - mais especificamente, um feixe chega 0,00000000000005 segundo depois do outro.
Graças a um arranjo geométrico específico da amostra, os pulsos geram um "holograma duplo". Este holograma codifica a estrutura do objeto nas duas vezes em que os pulsos de raios-X o atingem.
Usando um procedimento de reconstrução matemática, os pesquisadores podem simplesmente associar as imagens com os respectivos pulsos de raios X e, assim, determinar a sequência das imagens na ordem temporal correta.

Tempo real

O comprimento de onda dos raios-X utilizados, extremamente curto, permite revelar detalhes muito pequenos das amostras visualizadas, uma vez que, quanto menor o comprimento de onda de luz que você usa, menor serão os objetos que você poderá discernir.
"O objetivo de longo prazo é ser capaz de acompanhar os movimentos de moléculas e nanoestruturas em tempo real," diz o Dr. Eisebitt.

Bibliografia:
Sequential femtosecond X-ray imaging
C. M. Günther, B. Pfau, R. Mitzner, B. Siemer, S. Roling, H. Zacharias, O. Kutz, I. Rudolph, D. Schondelmaier, R. Treusch, S. Eisebitt
Nature Photonics
09 January 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nphoton.2010.287


Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=filme-mais-rapido-mundo-hologramas&id=010165110120

Portugueses lançam nova máquina contra o cancro da mama

Consórcio europeu liderado por portugueses lançou uma nova máquina que pode revolucionar a prevenção e deteção do cancro da mama. Os primeiros protótipos foram instalados em Coimbra e Marselha.

Virgílio Azevedo

 
É uma máquina inovadora a nível mundial, acaba com a ineficácia e o desconforto das mamografias, foi concebida por um consórcio internacional liderado por investigadores portugueses e os primeiros dois protótipos já estão instalados na Universidade de Coimbra e no Hospital Universitário de Marselha. 
Chama-se Clear PEM Sonic e integra pela primeira vez as tecnologias PET (tomografia por emissão de positrões, isto é, exame imagiológico de medicina nuclear) e de ultrassons (ecografia), o que permite detetar tumores com apenas 1mm ou 2 mm, que estão numa fase inicial, quando o PET clássico não visualiza tumores com menos de 10 mm e tem uma sensibilidade 10 vezes menor.
A taxa de falsos resultados positivos atinge os 60% a 70% nas mamografias atuais por raios X ou por ecografia, com particular incidência nas mulheres mais jovens, o que obriga a fazer biópsias. Por outro lado, o método de diagnóstico mais usado, por raios X, expõe as mulheres a radiações elevadas e é doloroso, por implicar alguma compressão da mama.

Baixa radioatividade

Na Clear PEM Sonic o exame dura apenas cinco minutos, implicqando a injeção no sangue da paciente um composto de glicose com baixa radioatividade conhecido por 18-FDG. Como as células cancerígenas consomem mais açúcar, um tumor não maligno não fixa a glicose, o que é identificado pelo detetor de radiação do aparelho.
O projeto nasceu no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em Genebra, através da experiência "Crystal Clear", e é coordenado por João Varela, investigador do CERN, professor do Instituto Superior Técnico (Lisboa) e presidente da PETsys, empresa criada para desenvolver a nova máquina.
Em Coimbra, o protótipo da nova máquina está instalado no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), um dos parceiros nacionais do projeto. Os outros incluem a PETsys, centros de investigação das universidades de Coimbra, Porto e Lisboa, o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), o Taguspark e o Hospital Garcia de Orta (Almada). 
Além do CERN e do Hospital Universitário de Marselha, os parceiros estrangeiros são a Universidade de Milão e a empresa francesa Supersonic Imagine. 

Veja neste vídeo como funciona a nova máquina:


Veja toda esta matéria e o vídeo da reportagem da estação de TV alemã Deutsche Welle sobre o projeto Clear PEM Sonic no site:

http://aeiou.expresso.pt/portugueses-lancam-nova-maquina-contra-o-cancro-da-mama=f625900


19 de janeiro de 2011

Radiologia intervencionista permite diagnósticos precoces

Também permite tratamentos menos invasivos, com menores riscos de complicações e morte

Márcia Neri

Uma viagem pelo corpo humano, na qual é possível navegar tridimensionalmente pelas mais estreitas passagens do organismo, como veias e artérias. O cenário parece futurístico, mas é bem real, graças à radiologia intervencionista (RI), especialidade que permite diagnosticar e tratar doenças graves de forma minimamente invasiva, reduzindo riscos de complicações e morte. A história da RI começou a se desenhar na década de 1960, quando o americano Charles Dotter fez a primeira angiologia de artéria femoral em uma paciente de 82 anos. Referência entre os colegas, o médico buscava alternativas para as cirurgias abertas. “Essa senhora apresentava dor e gangrena devido ao estreitamento arterial, não era uma boa candidata à operação e o caso evoluía para a amputação”, conta Alexander Corvello, chefe do serviço de RI do Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Dotter usou uma corda de guitarra como fio guia e um cateter, que dilatou a artéria. “A paciente foi embora andando e com as lesões cicatrizadas”, diz.

De lá para cá, o aprimoramento da especialidade permitiu o tratamento de doentes com os mais diversos males. Através de microincisões, cateteres navegam guiados por equipamento de imagens e patologias são combatidas sem que o resto do organismo seja agredido. “O tempo de recuperação é muito menor. Hoje, tratamos doenças intra e extravasculares. Na maioria dos casos, um único furinho, geralmente na virilha, é feito na pele do paciente. Nem ponto é necessário”, pondera Corvello, que está à frente da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular.

Atualmente, a RI tem nocauteado mazelas como aneurismas, doença obstrutiva da artéria carótida (AVC isquêmico), trombose venosa profunda, doença arterial periférica, impotência sexual vasculogênica, tumores malignos no fígado e em outros órgãos, fratura de vértebras e muitas outras. A neurocirurgiã Iruena Kessler fala com entusiasmo sobre o aumento nas chances de recuperação total de pacientes diagnosticados com aneurisma cerebral. Antigamente, a doença era um caminho sem volta para boa parte dos enfermos. Na cirurgia convencional, o crânio é aberto e parte do osso é retirada para que o aneurisma seja clipado ou costurado. Diversas estruturas podem ser lesadas. “Pela radiologia intervencionista, fazemos a embolização e exclusão do aneurisma com micromolas ou stents. Sem traumas, o paciente vai para casa andando dois dias depois”, explica a médica.

O procedimento é realizado via punção da artéria femoral — um microfuro na virilha —, por onde os cateteres navegam até as ramificações do cérebro. O risco de lesão em outras áreas é mínimo. “O preenchimento com micromolas exclui o fluxo de sangue e resolve o transtorno”, acrescenta Gustavo Paludetto, radiologista intervencionista que atua no Incor Taguatinga e no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (IC-DF). As imagens que guiam a equipe médica são obtidas por ultrassom, tomografia computadorizada, angiografia por subtração digital e radioscopia.

A comerciária Brasília de Paula Teixeira, 53 anos, acredita estar viva graças à RI. Diagnosticada com um aneurisma cerebral já rompido em 2009, ela ficou internada na UTI por 24 dias. “Os médicos me desenganaram, diziam que eu não sobreviveria à cirurgia aberta. Um radiologista intervencionista soube do meu caso e me operou com um único furo na virilha. Graças a ele, estou viva. Três dias depois do procedimento, eu estava em casa com minha família”, relembra.

Promessas
Os miomas uterinos, tumores que atingem 25% das mulheres, também podem ser tratados pela RI. Até a década de 1990, a única solução para o problema era a cirurgia aberta. Na maioria dos casos, o útero era retirado. “Hoje, pelas artérias injetamos microesferas que obstruem os vasos e reduzem a irrigação do tumor. A embolização pode ser feita apenas com anestesia local na virilha e leve sedação. Não há cortes nem perda sanguínea, apenas uma incisão menor que 2mm”, pontua Paludetto.

Entre os pacientes mais beneficiados pela RI, estão os diagnosticados com aneurisma na aorta, cujo rompimento leva 87% das vítimas à morte. Da maior artéria do nosso corpo, saem os ramos que irrigam todos os tecidos do organismo. O método cirúrgico tradicional de retirada do aneurisma envolve procedimentos de risco. O índice de mortalidade é alto e 25% dos pacientes que vencem a cirurgia ficam paraplégicos. “Com a RI, implantamos a mesma prótese colocada na cirurgia convencional. Apenas 0,8% dos pacientes morrem e o índice de paraplegia caiu para 2,2%”, observa o radiologista intervencionista.

O médico intensivista Renato de Camargo Viscardi, 63 anos, conta que recebeu o diagnóstico de aneurisma na aorta por um exame de ecografia. “O aneurisma estava crescendo rapidamente e, como médico, sabia dos riscos da cirurgia tradicional, mas já estava por dentro dos benefícios da RI. Optei por esse novo caminho. Poucos dias depois da cirurgia, estava cavalgando. Hoje, levo uma vida absolutamente normal, o que provavelmente não seria possível se tivesse sobrevivido à cirurgia convencional”, considera.

Para Alexander Corvello, o futuro da especialidade mais democrática da medicina é promissor. “Somos pioneiros na medicina moderna. A RI nos exige expertise em anatomia humana, demanda conhecimento de diversas áreas da medicina e destreza com a tecnologia. Até a oncologia tem se beneficiado. O tratamento de alguns cânceres, como o de fígado, por exemplo, ganhou uma ajuda representativa”, avalia. Segundo ele, as expectativas não poderiam ser mais animadoras. “Nos próximos anos, a RI será mais difundida e tratará as enfermidades com ainda mais efetividade e menor agressão para o paciente”, garante.

13 de janeiro de 2011

GE e Philips investem em material hospitalar

SÃO PAULO - As divisões de saúde (healthcare) das multinacionais GE e Philips veem no Brasil um grande potencial de crescimento da venda de equipamentos hospitalares.

Como segundo maior mercado entre os 30 países emergentes de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem merecido cada vez atenção de ambas as multinacionais.

A norte-americana GE Healthcare - divisão da General Eletric Company - que inaugurou no ano passado sua fábrica em Minas Gerais, já projeta nacionalizar os equipamentos de raios-X e mamografia em um prazo de três a cinco anos. "Este prazo é para desenvolvermos os fornecedores locais", afirma o diretor da GE Healthcare para o Brasil, Marco Del Corona.

Ainda de acordo com o executivo da GE, com a nacionalização, a redução do custo médio dos equipamentos pode chegar a 20%. "A evolução do grau de nacionalização vai depender de cada produto. Acredito, por exemplo, que os equipamentos de raios-X possam ser os primeiros a serem nacionalizados. Isso fará com que os preços cheguem a uma redução de até 20% em média nos custos dos equipamentos", explica Del Corona.

Já para este semestre, a multinacional norte-americana começará a montagem de equipamentos para tomografia. A próxima etapa será os de ressonância, com previsão para início na segunda metade do ano. Os investimentos fazem parte do montante aportado na construção da unidade fabril, que somam cerca de US$ 50 milhões. Esse montante será gasto em um período de até dez anos.

Com objetivo de utilizar o País como plataforma de exportação para toda a América Latina, a companhia prevê que, ainda este ano, as exportações dos equipamentos de raios X e mamografia já representem cerca de 25% do faturamento da empresa.

Outro termômetro do interesse da multinacional no País para desenvolver novas tecnologias para o setor é o investimento de US$ 500 milhões na construção do Centro Global de Pesquisa da GE, localizado na Ilha de Bom Jesus (RJ), o início de cujas operações está previsto para o fim do ano que vem. Parte do aporte, será destinada à expansão da capacidade e novas linhas de produção para as unidades da GE Healthcare. A GE possui quatro centros de pesquisa no mundo.

De acordo com Del Corona, com o objetivo de desenvolver tecnologias para atendimento em casa, nasceu a Intel-GE Cuidados Inovações LLC, nome da empresa de saúde que passou a operar no último dia 3. "Tudo ainda é muito novo, mas com certeza estamos atentos ao mercado, e pretendemos, em parceria com a Intel, desenvolver novas tecnologias e isso vai se refletir nos nossos negócios no Brasil", afirma Del Corona.

Segundo a empresa, a formação de Cuidados e Inovações se deu por meio da aliança que envolve a área de saúde entre Intel e GE, anunciada em 2009. Entre os focos da nova empresa de propriedade conjunta está o segmento de mercado de telessaúde e acompanhamento domiciliar à saúde. Entre as ações da unidade está o monitoramento remoto de pacientes, tecnologias assistivas, como o Intel Health Guide, da Intel Reader e QuietCare GE .

A Philips Healhtcare também está otimista com o mercado brasileiro. Segundo o diretor da divisão, Marcos Cunha, hoje existe no Brasil uma pressão para que os hospitais sejam cada vez mais eficientes e as tecnologias digitais ganham importância fundamental nesse cenário. A multinacional holandesa atua em quatro áreas. A primeira delas é a de diagnóstico por imagem, que comercializa, por exemplo, equipamentos de ressonância. "Atuamos também em cuidados críticos [monitores, ventiladores, aparelhos para anestesia etc]; programas para saúde, com soluções de software para armazenamento de imagens até gestão hospitalar; e, por último, soluções para cuidados em domicílio", diz o diretor.

Philips

A Philips já comercializa equipamentos nacionalizados, o que proporciona uma redução de até 30% nos preços dos produtos em relação aos importados. "Devido à composição dos componentes importados e aos custos de produção no Brasil, a Philips consegue manter o grau de competitividade mesmo com a oscilação da taxa de câmbio", explica Cunha. Os principais mercados da multinacional holandesa no Brasil estão nas Regiões Sudeste e Sul. "Mas tivermos um crescimento expressivo no nordeste no ano passado, reflexo dos investimentos públicos naquela região", afirma o diretor. Para ele, com o governo de Dilma, a tendência é que as políticas públicas para a saúde se mantenham semelhantes as do governo de Lula.

Hoje, um dos focos da empresa é investir em tecnologia da informação voltada ao mercado hospitalar. "O prontuário eletrônico, em hospitais públicos e privados, ordena e otimiza o fluxo de informações do paciente. Com esse recurso, por exemplo, é possível agilizar a decisão dos médicos, que terão à mão todo o histórico do paciente", explica o executivo.

As soluções integradas oferecidas pela Philips já existem em mercados mais maduros, como os Estados Unidos e a Europa. "Mas o Brasil, como os outros países que formam o grupo chamado BRIC [China, Índia e Rússia] são muito importantes para a Philips Heathcare", diz Cunha.

A Philips Heahtcare também aposta no segmento de home health. "O mundo caminha para a saturação de leitos, e os custos são menores quando os pacientes são mantidos em casa", afirma o diretor.

Segundo ele, com os equipamentos que monitoram os doentes a distância é possível mantê-los sob cuidados médicos sem deixá-los internados.

As divisões Healthcare das multinacionais General Electric e Philips veem no Brasil um grande potencial de crescimento na venda de equipamentos hospitalares e apostam na nacionalização da produção.

Radiologia Vascular e Intervencionista

A Radiologia Intervencionista é uma especialidade médica dedicada a realizar tratamentos minimamente invasivos sob a orientação da imagem, tanto no setor vascular quanto não-vascular.
Com o avanço da tecnologia e equipamento de alta qualidade de imagem mais amplamente disponível, a Radiologia Intervencionista é capaz de oferecer aos pacientes e médicos das mais diversas especialidades um número crescente de novas opções de tratamento. Atuação importante em especialidades como transplante e oncologia possibilitando melhoria da qualidade de vida em pacientes oncológicos e preservação do órgão transplantado e/ou manutenção dos critérios seletivos para o transplante.

Procedimentos intervencionistas realizados:

Angiografias periféricas

Um exame de raios-X com subtração digital das artérias e veias para diagnosticar diversas lesões vasculares, como obstruções ou dilatações.
Utiliza cateteres especializados para o estudo individualizados de vários segmentos do corpo.

Angioplastias periféricas

Tratamento de estenoses ou obstruções vasculares, por meio do uso de balões de dilatação controlada, com aplicabilidade em lesões dos membros inferiores e anastomoses dos transplantes. Em alguns caso pode fazer uso do implante de estruturas metálicas (stents) para manter aberto o vaso tratado. Seu emprego se faz em artérias de braços e pernas, artérias renais e artérias torácicas, entre outros.

Implante de endopróteses de aorta

Posicionamento de dispositivo metálico recoberto com tecido, destinado a selar doenças na aorta torácica ou abdominal, como aneurismas, dissecções aórticas, fístulas arteriovenosas e traumatismos, entre outras.

Colangiografia percutânea, drenagem biliar, implante de stent biliar

Estudo das vias biliares, através de punção do fígado diretamente pela pele, podendo ser utilizado a mesma via para drenagens, dilatações ou desobstruções de doenças malignas ou benignas.

Quimioembolização hepática

Infusão de quimioterápico diretamente na área do fígado acometida por tumor maligno, concentrando a ação da medicação e evitando os efeitos colaterais da quimioterapia convencional. Também com aplicabilidade em pacientes em lista de transplante.

Embolização

Oclusão intencional de vasos sanguíneos através de agentes específicos. Tem a finalidade de interromper sangramentos, a irrigação de tumores, malformações vasculares congênitas ou tratar aneurismas periféricos, por exemplo.

Embolização de miomas uterinos

Tratamento não invasivo de miomas sintomáticos, de forma a evitar a histerectomia. Possibilita o retorno rápido da paciente às atividades habituais.

Trombólise

Dissolução de coágulo sanguíneo que causa obstrução da irrigação de um determinado órgão, especialmente o pulmão, após episódio de embolia pulmonar.

Filtro de veia cava

Implante de dispositivo que evita a migração de coágulos sanguíneos dos membros inferiores para os pulmões.

TIPS (Anastomose Portossistêmica Intra-Hepática Transjugular)

Procedimento destinado a melhorar o fluxo do sangue no fígado e evitar hemorragias em pacientes com disfunção hepática grave.

Controle de sangramento pós-parto

Oclusão temporária da irrigação sanguínea do útero durante o parto. É extremamente útil durante a cesariana em casos de sangramento massivo causados por alteração da placenta.

Fonte: http://www.einstein.br/Hospital/cardiologia/intervencao-cardiovascular/Paginas/radiologia-vascular-e-intervencionista.aspx

4 de janeiro de 2011

Irã convida membros da AIEA a visitarem instalações nuclearesIrã convida membros da AIEA a visitarem instalações nucleares


Por Mitra Amiri

TEERÃ (Reuters) - O Irã disse nesta terça-feira que convidou alguns enviados credenciados junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão ligado à Organização das Nações Unidas, a visitarem algumas de suas instalações nucleares neste mês, pouco antes de uma segunda rodada de negociações entre a República Islâmica e potências mundiais.
Entre os convidados estão representantes de algumas das seis potências mundiais envolvidas nos esforços diplomáticos para solucionar a disputa em torno do programa nuclear iraniano, disse o porta-voz do Ministério do Exterior do Irã Ramin Mehmanparast em entrevista coletiva.
Ele disse que a visita aconteceria antes de um encontro entre o Irã e as seis potências --Rússia, China, Estados Unidos, França, Alemanha e Grã-Bretanha-- em Istambul neste mês.
O Irã e as potências concordaram durante encontro em Genebra no mês passado, o primeiro do tipo em mais de um ano, em realizar novas discussões na cidade turca no final de janeiro, embora a data exata não tenha sido anunciada.
O encontro de Genebra fez poucos progressos na direção de resolver a longa disputa sobre os trabalhos de Teerã na área nuclear, que o Ocidente suspeita ter o objetivo de fabricar bombas. O Irã diz que seu programa tem o único objetivo de produzir eletricidade para fins pacíficos.
Mehmanparast não informou quais instalações os enviados visitariam.
A AIEA visita regularmente instalações nucleares do Irã, incluindo uma planta de enriquecimento de urânio em Natanz. Mas a agência tem expressado crescente frustração com o que classifica de falta de cooperação dos iranianos com os inspetores.

(Reportagem adicional de Parisa Hafezi e Ramin Mostafavi)

Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo.aspx?cpdocumentid=27012616