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13 de janeiro de 2011

GE e Philips investem em material hospitalar

SÃO PAULO - As divisões de saúde (healthcare) das multinacionais GE e Philips veem no Brasil um grande potencial de crescimento da venda de equipamentos hospitalares.

Como segundo maior mercado entre os 30 países emergentes de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem merecido cada vez atenção de ambas as multinacionais.

A norte-americana GE Healthcare - divisão da General Eletric Company - que inaugurou no ano passado sua fábrica em Minas Gerais, já projeta nacionalizar os equipamentos de raios-X e mamografia em um prazo de três a cinco anos. "Este prazo é para desenvolvermos os fornecedores locais", afirma o diretor da GE Healthcare para o Brasil, Marco Del Corona.

Ainda de acordo com o executivo da GE, com a nacionalização, a redução do custo médio dos equipamentos pode chegar a 20%. "A evolução do grau de nacionalização vai depender de cada produto. Acredito, por exemplo, que os equipamentos de raios-X possam ser os primeiros a serem nacionalizados. Isso fará com que os preços cheguem a uma redução de até 20% em média nos custos dos equipamentos", explica Del Corona.

Já para este semestre, a multinacional norte-americana começará a montagem de equipamentos para tomografia. A próxima etapa será os de ressonância, com previsão para início na segunda metade do ano. Os investimentos fazem parte do montante aportado na construção da unidade fabril, que somam cerca de US$ 50 milhões. Esse montante será gasto em um período de até dez anos.

Com objetivo de utilizar o País como plataforma de exportação para toda a América Latina, a companhia prevê que, ainda este ano, as exportações dos equipamentos de raios X e mamografia já representem cerca de 25% do faturamento da empresa.

Outro termômetro do interesse da multinacional no País para desenvolver novas tecnologias para o setor é o investimento de US$ 500 milhões na construção do Centro Global de Pesquisa da GE, localizado na Ilha de Bom Jesus (RJ), o início de cujas operações está previsto para o fim do ano que vem. Parte do aporte, será destinada à expansão da capacidade e novas linhas de produção para as unidades da GE Healthcare. A GE possui quatro centros de pesquisa no mundo.

De acordo com Del Corona, com o objetivo de desenvolver tecnologias para atendimento em casa, nasceu a Intel-GE Cuidados Inovações LLC, nome da empresa de saúde que passou a operar no último dia 3. "Tudo ainda é muito novo, mas com certeza estamos atentos ao mercado, e pretendemos, em parceria com a Intel, desenvolver novas tecnologias e isso vai se refletir nos nossos negócios no Brasil", afirma Del Corona.

Segundo a empresa, a formação de Cuidados e Inovações se deu por meio da aliança que envolve a área de saúde entre Intel e GE, anunciada em 2009. Entre os focos da nova empresa de propriedade conjunta está o segmento de mercado de telessaúde e acompanhamento domiciliar à saúde. Entre as ações da unidade está o monitoramento remoto de pacientes, tecnologias assistivas, como o Intel Health Guide, da Intel Reader e QuietCare GE .

A Philips Healhtcare também está otimista com o mercado brasileiro. Segundo o diretor da divisão, Marcos Cunha, hoje existe no Brasil uma pressão para que os hospitais sejam cada vez mais eficientes e as tecnologias digitais ganham importância fundamental nesse cenário. A multinacional holandesa atua em quatro áreas. A primeira delas é a de diagnóstico por imagem, que comercializa, por exemplo, equipamentos de ressonância. "Atuamos também em cuidados críticos [monitores, ventiladores, aparelhos para anestesia etc]; programas para saúde, com soluções de software para armazenamento de imagens até gestão hospitalar; e, por último, soluções para cuidados em domicílio", diz o diretor.

Philips

A Philips já comercializa equipamentos nacionalizados, o que proporciona uma redução de até 30% nos preços dos produtos em relação aos importados. "Devido à composição dos componentes importados e aos custos de produção no Brasil, a Philips consegue manter o grau de competitividade mesmo com a oscilação da taxa de câmbio", explica Cunha. Os principais mercados da multinacional holandesa no Brasil estão nas Regiões Sudeste e Sul. "Mas tivermos um crescimento expressivo no nordeste no ano passado, reflexo dos investimentos públicos naquela região", afirma o diretor. Para ele, com o governo de Dilma, a tendência é que as políticas públicas para a saúde se mantenham semelhantes as do governo de Lula.

Hoje, um dos focos da empresa é investir em tecnologia da informação voltada ao mercado hospitalar. "O prontuário eletrônico, em hospitais públicos e privados, ordena e otimiza o fluxo de informações do paciente. Com esse recurso, por exemplo, é possível agilizar a decisão dos médicos, que terão à mão todo o histórico do paciente", explica o executivo.

As soluções integradas oferecidas pela Philips já existem em mercados mais maduros, como os Estados Unidos e a Europa. "Mas o Brasil, como os outros países que formam o grupo chamado BRIC [China, Índia e Rússia] são muito importantes para a Philips Heathcare", diz Cunha.

A Philips Heahtcare também aposta no segmento de home health. "O mundo caminha para a saturação de leitos, e os custos são menores quando os pacientes são mantidos em casa", afirma o diretor.

Segundo ele, com os equipamentos que monitoram os doentes a distância é possível mantê-los sob cuidados médicos sem deixá-los internados.

As divisões Healthcare das multinacionais General Electric e Philips veem no Brasil um grande potencial de crescimento na venda de equipamentos hospitalares e apostam na nacionalização da produção.

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