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Adrileide & Jéssica
Estudantes de Tecnologia em Radiologia.
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13 de abril de 2011

Banco de Tecidos

Radioesterilização para banco de tecidos biológicos

Arquivo IPEN/CTR

Ossos embalados prontos para serem radioesterilizados
 Na América Latina, a esterilização industrial mediante radiações ionizantes começou a mais de três décadas, desde então se tratam produtos de uso médico, farmacêuticos, cosméticos e alimentos. Posteriormente, esta atividade se estendeu à esterilização de tecidos humanos para enxerto, sendo que esta atividade foi reforçada e em alguns países
originada mediante a cooperação técnica e apoio financeiro da Agência Internacional de Energia Atômica.

O Brasil foi incorporado a este projeto em 1998 por meio do Hospital de Clínicas de São Paulo, onde está sendo instalado o Banco de Tecidos e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - ipen, onde serão efetuadas as irradiações dos tecidos.

A doação de tecidos tem sido alvo de controvérsia através dos anos, principalmente no que diz respeito aos testes e seleção do material a ser transplantado para evitar contaminação do receptor. A maioria dos tecidos transplantáveis, tais como, pele, osso, âmnion e outros tecidos não viáveis, podem ser tratados com radiação ionizante para minimizar a imunogenicidade, matar bactérias e reduzir o risco de transferir doenças contagiosas.

Os tecidos podem ser submetidos a outros métodos de esterilização utilizando aquecimento ou agentes químicos, porém o uso da irradiação permite que o material seja esterilizado já na sua embalagem final, reduzindo significativamente os riscos de recontaminação. Além do mais tanto o aquecimento, quanto os agentes químicos podem ocasionar danos à composição biológica do tecido.

O papel do ipen neste projeto, não se restringe a implantar rotina de prestação de serviços de irradiação para atendimento a bancos de tecidos do país, executando outras atividades igualmente importantes como: desenvolver dispositivos de irradiação para tecidos humanos, implantar procedimentos de dosimetria para controle de processos de irradiação, implantar programa de garantia de qualidade para irradiação de tecidos e pesquisas para otimizar tipo e dose a ser ministrada segundo o processo de preservação ao qual foi submetido o tecido. 
Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idc=240

Braquiterapia

Desenvolvimento e Produção de Fontes Radioativas para Braquiterapia 
Arquivo IPEN/CTR

Célula de Produção
 Sementes de Iodo-125

A partir da metade dos anos oitenta, avanços tecnológicos e novos produtos renovaram o interesse no uso da braquiterapia, em implantes permanentes com sementes de Iodo-125, para tratamento de câncer de próstata.
Os implantes com sementes oferecem um tipo de terapia menos invasiva, caracterizando-os como um procedimento não cirúrgico. Pequenas sementes são injetadas diretamente na próstata com a ajuda de uma fina agulha através da pele, entre o reto e o escroto. Uma grande dose de radiação é liberada apenas na próstata atacando o tumor. A técnica exige, em geral, a aplicação de 80 a 120 sementes por paciente.
As sementes são constituídas de uma cápsula de titânio de 0,8mm de diâmetro externo, 0,05mm de espessura de parede e 4,5mm de comprimento. O interior da cápsula acomoda um fio de prata contendo o Iodo-125 adsorvido.
As vantagens da técnica são:
a) a acentuada diminuição da dose fora da área do implante, poupando tecidos sadios;
b) menor incidência de efeitos colaterais como impotência e incontinência urinária comparada aos tratamentos convencionais;
c) o paciente pode retornar a atividade normal dentro de um a três dias.

O ipen instituiu um projeto para desenvolvimento tecnológico e produção das sementes de Iodo-125 com a finalidade de nacionalizar o produto tornando-o disponível a classe médica.

Fios de Irídio - 192 para uso em Braquiterapia

A braquiterapia consiste na inserção de fios radioativos diretamente em tumores. O radioisótopo irídio-192 é largamente usado para esta finalidade. Esses fios colocados em contato direto com o tumor possibilitam uma irradiação em doses mais elevadas pois sendo uma irradiação localizada, o tecido periférico ao tumor estará parcialmente protegido. 

Arquivo IPEN/CTR

Fios de Irídio-192

O ipen desenvolveu um programa de atividades visando a produção de fios de irídio-192 com o objetivo de oferecer um produto mas acessível à população.
Atualmente, o ipen produz rotineiramente estes fios para clínicas e hospitais do país.
Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idc=239

Hidrogéis


Hidrogéis para fins medicinais 
Arquivo IPEN/CTR

Hidrogéis
 Os hidrogéis em desenvolvimento no Centro de Tecnologia das Radiações do ipen são constituídos por uma mistura de polímeros sintéticos solubilizados em água. 
A solução contendo cerca de 90% de água é transferida para o molde, embalada e posteriormente submetida à irradiação em acelerador de elétrons ou com radiação gama proveniente de fonte de cobalto-60.
A radiação promove a simultânea esterilização do produto e a reticulação das cadeias poliméricas presentes, dando origem a um hidrogel insolúvel, capaz de absorver e reter grande quantidade de água sem sofrer alteração em sua forma física.
Os hidrogéis para uso tópico no tratamento de queimaduras e ulcerações da pele em geral são moldados na forma de membranas de 4mm de espessura.
As membranas são totalmente atóxicas, hipoalergênicas, permeáveis ao oxigênio e impermeáveis às bactérias. Sua utilização reduz a dor e o trauma provocado pela troca de curativos. Sua alta flexibilidade permite que o paciente seja submetido a sessões de fisioterapia, sem a retirada dos curativos. Sendo transparentes, as membranas de hidrogel permitem a observação do ferimento através do curativo, bem como a otimização da freqüência de sua substituição.

Outra aplicação importante destes hidrogéis em medicina é seu uso na liberação controlada de drogas incorporadas à sua composição, como antibióticos, por exemplo. Os hidrogéis polimerizados por radiação apresentam vantagens como: não requerem o uso de calor ou catalisadores; não apresentam monômeros residuais; podem ser modificados para permitir a liberação dos componentes incorporados a uma determinada taxa por um período definido de tempo.

As aplicações médicas desta tecnologia incluem materiais para diagnóstico e terapia. Os hidrogéis são moldados em diferentes formas, sejam membranas, bastões ou outras, de acordo com o uso.


Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idc=228

Radioesterilização

Radioesterilização 

Arquivo IPEN/CTR

Acelerador de elétrons e Gammacell
 
A esterilização por radiação ionizante é uma técnica altamente eficiente, econômica e segura que tem tido um rápido crescimente na indústria médica nos últimos 15 anos. Prevê-se que no ano 2000 mais de 50% de produção de ítens médicos descartáveis serão esterilizados por esse processo. 

Duas fontes de radiação podem ser utilizadas neste processo: raios gama de uma fonte de 60Co ou feixes de elétrons de aceleradores de alta energia. 
A radiação ionizante destrói os microorganismos presentes em produtos médicos quebrando suas cadeias moleculares e induzindo reações dos fragmentos com o oxigênio atmosférico ou compostos oxigenados, ou seja, mata os microorganismos e previne sua reprodução. 

Atualmente existem três processos de esterilização industrial: por vapor (autoclave), óxido de etileno (EtO) e radiação ionizante. O vapor, a forma mais antiga de esterilização, é limitado a materiais resistentes devido à alta temperatura exigida no processo. A necessidade de uma esterilização "a frio" abriu as portas ao uso do EtO e à radiação ionizante. 

A esterilização com EtO dominou o segmento do mercado de esterilização de produtos médicos descartáveis por muito tempo. Entretanto, sua natureza tóxica e a emissão de poluentes ao meio ambiente fez com que a Occupational Safety and Health Association (OSHA) a declarasse uma técnica agressiva adotando uma política rígida em sua aplicação. Atualmente, diversas empresas mundiais estão substituindo este processo de esterilização por radioesterilização.
 Arquivo IPEN/CTR
A elevada competitividade da radioesterilização decorre das seguintes características do processo:
  • os produtos são esterilizados já na embalagem final; 
  • a penetração da radiação assegura esterilização de todo o volume do produto, seja na forma de sólido, líquido ou gel;
 
Produtos esterilizados por radiação
  • processo é contínuo e não requer tratamento posterior para a retirada de gás residual; e, 
  • emprego de embalagem impermeável a gases, assegura esterilização por tempo ilimitado.


A grande quantidade de materiais compatíveis com a radiação por ionização (termoplásticos, borrachas, têxteis, metais, pigmentos, vidros, adesivos e tintas) torna extensa a relação de produtos esterilizáveis comercialmente por este processo: seringas descartáveis, agulhas, 
catéteres, luvas e kits cirúrgicos, suturas, implantes, proteínas, unidades para hemodiálise, placas de Petri, pinças, reagentes, cosméticos, etc. 

No Brasil, no estado de São Paulo, durante a década de 80 foram instalados três irradiadores comerciais com fontes de Co-60, licenciados para operar com atividade de 1.000.000 Curies: na Johnson & Johnson em S. José dos Campos e IBRAS em Campinas, dedicados à esterilização de sua própria produção (seringas, catéteres, suturas, fraldas descartáveis e outros produtos médicos) e na EMBRARAD em Cotia, que se dedica a prestar serviços de irradiação de diversos produtos para terceiros. 
Recentemente três novas instalações foram construídas: CBE em Jarinu / Atibaia com irradiador projetado e construído no Brasil dedicado a prestação de serviço de irradiação, uma nova planta da Embrarad em Cotia para aumentar a capacidade instalada e uma unidade instalada na empresa Techion em Manaus dedicado a irradiação de alimentos. 

As fontes de 60Co instaladas no ipen são de pequeno porte voltadas a ensaios de radioesterilização para determinação da dose ideal e prestação de serviços de esterilização em diversos produtos biológicos para Universidades e unidades do próprio ipen. 
Com a instalação do novo irradiador de 100.000 Curies, cujo projeto está em fase de implantação, o ipen estará em condições de realizar um importante programa de fomento e de assistência técnica à iniciativa privada no uso de irradiadores para desenvolvimento de processos de radioesterilização em: 
  • produtos médicos descartáveis, próteses, cosméticos, aditivos e componentes para indústrias farmacêuticas; 
  • meios de cultura, soluções e ingredientes para laboratórios de prestação de serviços e pesquisas; 
  • implantação de um banco de tecidos biológicos: ossos, peles e membranas diversas; e, 
  • alimentos destinados a pacientes de risco.

Arquivo IPEN/CTR

Dosímetros PMMA



Fonte: http://www.ipen.br/sitio/?idm=253
 Visando aumentar a segurança e confiabilidade das práticas de irradiação destes produtos, está sendo implantado no ipen uma linha de trabalho para dosimetria em processos industriais, onde serão aplicados sistemas de controle de qualidade baseados baseadas na norma ISO 11137 e apoiar os usuários locais na validação do processo de irradiação no beneficiamento de seus produtos.