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Adrileide & Jéssica
Estudantes de Tecnologia em Radiologia.
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30 de janeiro de 2012

Produção de FDG


  • Dados da Produção de FDG pela DIPRA / CRCN por Clientes

2011



Ciclotron



O Cíclotron é um acelerador de particulas carregadas que, sob a ação de um campo magnetico estático e perpendicular a trajetória do feixe de particulas, estabelece para estas particulas uma orbita circular em um plano perpendicular ao campo magnético e cujo raio é proporcional a sua energia cinética. O cíclotron possui dois eletrodos com a forma de um "D", estes são ocos e semicirculares. Sua montagem é numa câmara de vácuo entre os pólos de um grande eletroímã. Os íons (positivos ou negativos), começam a se locomover no interior destes eletrodos em forma de D.
Nesta orbita tais particulas são submetidas a ação de um campo elétrico, onde são aceleradas ao passar por este campo elétrico, ganhando energia e alterando o raio da orbita, levando esta, portanto, a uma forma espiralada.

A combinação dos campos elétrico e magnético faz com que atue uma força forbre as partículas, a qual é descrita matematicamente pela equação ao lado. Esta força apresenta uma componente tangencial a sua orbita (força elétrica) e uma componente centripeta (força magnética).




Sob tais condições, as partículas (ions) ganham energia e são esmagadas/colididas contra um alvo a uma velocidade quase igual a da luz. Os atomos de uma substância colocada neste alvo, são transformados pelo seu bombardeamento em isotopos instáveis e radioativas, por meio de uma reação nuclear.
Existem muitos isótopos radioativos que podem ser produzidos no ciclotron. Devido ao aspecto farmacológico a que o CRCN tem aspirado, bem como a importância da tomografia PET para a área médica do Brasil, o DIPRA / CRCN tem priorizado a produção de 18F para a produção de FDG bem como para a pesquisa e desenvolvimento de novos radiofármacos fluorados.

O 18F na forma de íon, é obtido como resultado do bombardeio do 18O (na forma de agua) por prótons acelerados, conforme a seguinte reação nuclear:


 Esta reação tambem pode ser escrita como:



O Ciclotron usado pelo CRCN é o modelo “Cyclone® 18/9” da empresa belga IBA, o qual permite acelerar prótons a uma energia de 18 MeV ou deuterons a energia de 9 MeV, que são acelerados na forma de íons negativos H- ou D- para posteriormente (imediatamente antes da colisão com o alvo) serem removidos os seus eletrons.
Este Cíclotron possui 8 portas (saidas para alvos) aonde 7 destas são usadas diretamente a alvos fixos, para produção, e uma porta é ligada a uma linha de feixe externo para uso em arranjos experimentais diversos.


Cíclotron


Radiofarmácia


INTRODUÇÃO

Um das definições mais amplamente aceitas para a radiofarmácia é:

"Radiofarmácia é cientificamente reconhecida como a sub-especialidade essencial para a medicina nuclear. Sem os radiofármacos, procedimentos radiodiagnósticos ou radioterapêuticos não poderiam ser realizados"  [Frase extraída de MATHER, S.J. Innovation in radiophatmacy:progress and constraints? Eur. Jour. Nucl. Med. Vol 28, no. 4, 2001. ]

Em relação à radiofármacos a definição mais aceita dentre as diversas existentes e que está em consonância com a legislação sanitária nacional é que os RADIOFÁRMACOS são MEDICAMENTOS com finalidade diagnóstica ou terapêutica que quando prontos para o uso, contêm um ou mais radionuclídeos.
Os radiofármacos servem a diversos propósitos, contudo dois são principais. O primeiro, e mais pragmático deles, é o uso como composto marcado administrado a uma paciente para observar alterações fisiológicas e/ou distribuição anormal do composto administrado e assim observar alguma anormalidade fisiopatológica, como no caso de exames realizados para perfusão miocárdica. O segundo é o seu uso como medicamento para tratamento de doenças dentre elas tumores, como as sementes de Iodo-131 para tratamento de tumor de tiróide.

HISTÓRICO

Historicamente, os radiofármacos começaram a ser utilizados em 1905, após a descoberta em 8 de novembro de 1895 do Raio-X por Wilhelm Conrad Roentgen em seu laboratório, com apresentação pública de sua descoberta em 6 de janeiro de 1896. Neste cenário, diversos personagens importantes foram destaque, dentre eles Marie Sklodowska (mais tarde a ser conhecida como Marie Curie), Henri Becquerel e Pierre Curie.
O primeiro uso de radiofármacos em humanos ocorreu em 1927. Nesse ano, Blumgart e Yens mesuraram a circulação de um paciente após a injeção de solução salina que havia sido exposta ao radônio. Após a experiência de Blumgart e Yens, um experimento de Hertz, Roberts e Evans em 1938 deu início a utilização na clínica médica de radioisótopos. Nesse experimento, foi usado Iodo-121 para estudos da função da tiróide.

PRODUÇÃO

Os radionuclídeos usados em Medicina Nuclear para diagnóstico e terapia são produzidos artificialmente em reatores ou aceleradores de partículas. Podem, ainda, ser acessíveis através de geradores de radioisótopos, que permitem a utilização de radionuclídeos de T1/2 curto, a partir do decaimento de um radionuclídeo com T1/2 longo. Estes radionuclídeos de T1/2 longo são produzidos em reator ou cíclotron. Os radionuclídeos que decaem por emissão de partículas β- são geralmente produzidos em reator por fissão do 235U ou por reações de captura de nêutrons (n,γ ou n,p) numa amostra alvo apropriada. Os radionuclídeos que decaem por captura eletrônica ou emissão de partículas β+ são produzidos em cíclotrons. Nestas reações, partículas de elevada energia interagem com núcleos estáveis de alvos apropriados, originando produtos deficientes em prótons. Neste processo, as partículas que interagem com as amostras alvo podem ser prótons, dêuterons, partículas α ou 3He.

TOMOGRAFIA PET

A tomografia por emissão de pósitrons utiliza-se basicamente do fato de que a matéria aniquila-se com a antimatéria. No caso, o corpo do paciente é constituído por matéria, ou seja, por elétrons, que se aniquilam com a antimatéria emitida por um radionuclídeo emissor de pósitrons, sendo a antimatéria o pósitron.

Para que a emissão do pósitron seja detectada e transformada em imagem, os dois fótons (raios gama) resultantes da aniquilação do pósitron com o elétron (reação antimatéria-matéria), devem ser detectados simultaneamente. Os dados são transformados em coordenadas geométricas para cada evento de aniquilação e são armazenados na memória do computador. São necessários diversos pares de detectores adjacentes envolvendo todo o corpo do paciente. Isto permite a aquisição simultânea de dados, que são usados para reconstruir imagens em planos diversos.
Desta forma para a obtenção de uma imagem usando uma radiofármaco emissor de pósitron ou simplesmente radiofármaco PET, existem três etapas distintas: i) a aquisição dos dados, ii) processamento e reconstrução dos dados e, por fim, iii) a obtenção da imagem.

Portanto, o imageamento por emissão de pósitrons portanto, se inicia com a aplicação de um radiofármaco emissor de pósitron. Em alguns minutos, o isótopo se acumula em uma área do corpo em que o radiofármacos tem afinidade. O isótopo radiativo então decai por emissão de pósitron. O pósitron emitido colide com um elétron livre normalmente antes de atravessar 1 mm do ponto de emissão. A interação das duas partículas resulta na conversão de matéria em energia na forma de 2 raios gamas, com energia total de 511 keV. Estes raios gamas de alta energia emergem do ponto de colisão em direções opostas e são detectados por detectores em volta do paciente. Quando os dois fótons são detectados simultaneamente por um par de detectores, a colisão que deu origem a eles teve origem na linha que une os dois detectores. Naturalmente se um dos fótons foi espalhado, a linha de coincidências será incorreta. Depois de aproximadamente 500 000 eventos de aniquilação, a distribuição do traçador é calculada por algoritmos de reconstrução tomográfica, reconstruindo uma imagem bi-dimensional. A resolução espacial é deteriorada pela ocorrência de coincidências acidentais.


Esquema de funcionamento de uma tomografia por emissão de pósitron


Representação de um Tomógrafo PET

FDG-18


Representação da molécula de FDG-18

SÍNTESE

O 18_ F-FDG (fluorine-18-2-fluoro-2-deoxy-D-glucose ou Fluor-2-desoxi-D-glicose) dentre os radiofármacos utilizados na tecnologia PET é o que tem o uso mais ubiquitário, e por isso assumiu o título de “ gold standard” ou padrão ouro, devido a sua segurança e eficácia. O 18-F-FDG foi primeiramente sintetizado pelo Laboratório Brookhaven através de uma reação de adição eletrofílica do [18F]-F2, preparado, usando-se a reação 20Ne (d,α) 18F, em um alvo gasoso com uma pequena quantidade de F2 e traiacetil-glucal. Mais tarde, passou-se a se usar a substituição nucleofílica de amino-poliéter de potássio complexo (Kryptofix 2.2.2®) a qual é utilizada até hoje nos módulos de síntese automáticos.

APLICAÇÕES

RADIOFÁRMACOS PET

CÉREBRO

Os primeiros radiofármacos PET utilizados para exame cerebral, foram direcionados para a medição do fluxo sangüíneo e o metabolismo cerebral. 11-C-glicose, 18-F-FDG foram os radiofármacos utilizados para o metabolismo, enquanto a 15-O-água, foi utilizada para a mediação do fluxo sangüíneo.

CORAÇÃO

Dentre todos os órgãos estudados o coração foi o primeiro deles. Para tanto foi utilizado o 11-C-ácido palmítico. O primeiro experimento consistiu em analisar o coração de um cão com detectores de iodeto de sódio para demonstrar a viabilidade do método PET.
O radiofármaco de escolha para uso em diagnóstico cardíaco tem sido o 18-F-FDG devido a sua afinidade, segurança, eficácia e precisão.

CÂNCER

Assim como a hipótese de Warburg para a glicólise aeróbica dominou os estudos da bioquímica do câncer durante vários anos, o uso do 18-F-FDG tem dominado os estudos do metabolismo do câncer nos últimos anos.

A PET-18-F-FDG é uma ferramenta valiosa que fornece informações complementares a respeito da anatomo-bioquímica oncológica. Devido as características do 18-F-FDG e das propriedades das células tumorais, esse é o radiofármaco mais utilizado para fins de estudo e /ou diagnóstico na oncologia.



Filmes radiográficos


Filmes são usados como meio de registro, pois a sua emulsão depois de ser sensibilizada pela radiação e posteriormente processada, irá mostrar as diferenças de quantidade e intensidade da radiação que ultrapassou a peça, revelando as diferenças de densidade (grau de enegrecimento), as variações de espessura e grau de absorção da radiação.

Após a exposição do filme e o processamento dele, obteremos a radiografia.

Radiografia: obtida com raios-X

Gamagrafia: obtida com raios gama

Geralmente chamadas de radiografia, podem incluir as obtidas por raios gama

Como é o filme

Consiste de uma base com uma camada de emulsão contendo cristais de prata, usualmente o brometo de prata.

A base usualmente é de poliéster transparente, com uma suave coloração azulada. 

Emulsão

Consiste de um material gelatinoso contendo grãos ou cristais de brometo de prata, sensíveis a radiação e distribuídos uniformemente.

Imagem Latente

A imagem latente é formada por interações da radiação eletromagnética com os cristais de brometo de prata.. Esta imagem é formada após a exposição e somente será vista após o processamento do filme.

Revelação

O produtos utilizados na revelação, reduzem os cristais contendo a imagem latente em prata metálica enegrecida mas terá um menor efeito naqueles cristais que não foram expostos radiação. A prata metálica é opaca e forma a imagem radiográfica.

Qualidade da imagem

Uma imagem de qualidade consiste em apresentar: definição, contraste, resolução e nitidez.

Granulação

É a impressão visual de não uniformidade de densidade em uma imagem radiográfica
Geralmente a granulação aumenta com o aumento da energia da radiação

Relação sinal-ruído

A variação acidental na densidade da imagem torna mais difícil identificar a variação deliberada na densidade da imagem que resulta do uso do filme. A relação entre estas duas variações de densidade é conhecida como relação sinal-ruído

Tipos de filme

Existem vários tipos de filmes para raios-X industrial. Eles variam de acordo com a relação sinal-ruído, velocidade de resposta à radiação e granulação. De acordo com algumas publicações, é mais apropriada a classificação pela relação sinal-ruído. Filmes de granulação muito fina apresentam uma alta relação sinal ruído, requerem comparativamente maiores quantidades de radiação na exposição para produzirem imagens com excelentes resolução de detalhes.

Existem quatro classes de filmes, de acordo com algumas normas são elas:

Classe 1, Classe 2, Classe3 e Classe 4.

Outras normas estabelecem:

Classe especial, Classe I, Classe II, Classe III

De acordo com a ASTM

Classe especial: essa classe apresenta altíssima relação sinal-ruído. São filmes considerados de alta resolução de detalhes. Devem ser utilizados quando a máxima sensibilidade é requerida. São filmes muito lentos.

Classe I: essa classe é considerada com de alta relação sinal-ruído

Classe II: considerada de moderada relação sinal-ruído.

Classe III: aqui estão classificados os filmes de baixa relação sinal-ruído. São filmes de alta velocidade.

Contraste do filme

É a medida da diferença na densidade do filme em regiões expostas com diferentes quantidades de radiação.

Relação sinal-ruído

A variação acidental na densidade da imagem torna mais difícil identificar a variação deliberada na densidade da imagem que resulta do uso do filme. A relação entre estas duas variações de densidade é conhecida como relação sinal-ruído

Densidade do filme

Num filme que é exposto à radiação, a densidade óptica ou grau de enegrecimento depende da quantidade de radiação absorvida pela emulsão radiográfica. 

Curva Característica

A curva de característica é a resposta de um tipo de filme à radiação de uma energia particular. Isso é obtido plotando a densidade da imagem do filme contra o logaritmo de exposição relativa.

Como a densidade é um logaritmo , escalas log-log são usadas para plotar os valores.

Escalas log-log não fazem apenas a interpretação gráfica mas também todos os valores da exposição relativa podem ser derivados facilmente, subtraindo um valor logaritmo de outro.

As curvas características podem também ser usadas para calcular as mudanças necessárias para otimizar a técnica quando altera-se o tipo de filme ou a densidade desejada.

Velocidade do filme

E um fator que determina a quantidade de radiação que o filme deve receber para obter uma dada densidade.
A velocidade do filme varia com a granulação do filme. Quanto maior a granulação, maior será a velocidade do filme.
Geralmente os filmes mais rápidos custam menos, então é um fator a ser analisado, a "economia".

Contraste do filme

É a medida da diferença na densidade do filme em regiões expostas com diferentes quantidades de radiação.
O contraste do filme não deve ser confundido com o contraste do objeto (peça).Armazenamento de filmes não expostos
A emulsão dos filmes é sensível ao calor, umidade, certos vapores ou fumaça química e radiação. Devem ser armazenados corretamente.

Data de validade do filme radiográfico

A data de validade dos filmes vem expressa na caixa e deve ser respeitada. O melhor é adquirir somente quantidades necessárias para uso por determinado período, evitando grandes estoques.
Fazendo-se o rodízio de prateleira, usa-se primeiro o filme com data mais antiga.
O filme quando está com sua ata de validade vencida, não deve ser descartado, alguns testes permitidos por normas podem ser feitos para verificar se ainda podem ser utilizados. 

Identificação dos filmes

É necessária e obrigatória a identificação dos filmes expostos. Esta identificação pode ser feita durante ou após a exposição. Podem ser utilizados:
  • Letras e números de chumbo
  • Fita de chumbo que aceita inscrições
  • Fitas adesivas, chapas de impressão ou outro método que não contamine a radiografia (após o processamento)
  • Local das identificações: canto direito superior do filme.


O que é uma Tomografia?



Podemos defini-la como sendo o método de aquisição de imagens detalhadas do corpo humano, que são adquiridas através da interação dos raios x com a matéria. Os resultados desse processo são várias atenuações nos tecidos estudados e medidas de atenuações que são lidas em forma de um sinal elétrico, que através de sensores especiais e um sistema computacional transformará essas informações em imagem digital.


Fonte: 

Livro: Radiologia Médica - Física, Processamento de Filmes, Técnicas Radiológicas e Tomografia Computadorizada
Autor: Denis Honorato Costa (Org.), Edison Corrêa Júnior, Ibevan Arruda Nogueira e Julio Cesar Bezerra Lucas
Editora: Martinari      São Paulo/2007

10 de janeiro de 2012

A Energia Nuclear




Introdução a Energia Nuclear - Pdf.